Brasil avalia se vai retaliar Estados Unidos com quebra de patentes

O governo brasileiro está iniciando os trabalhos técnicos para poder retaliar os Estados Unidos com a quebra de patentes diante da condenação dos subsídios americanos ao algodão. Na próxima sexta-feira (20), o Brasil pediu uma reunião extraordinária na Organização Mundial do Comércio (OMC) para que a entidade aprove o relatório em que condenou os programas de apoio ao algodão nos Estados Unidos. A partir desse momento, fica aberta a possibilidade para que o Brasil comunique à OMC sua intenção de aplicar retaliações.

Há duas semanas, o Brasil saiu vencedor da disputa mais polêmica já tratada pelos tribunais agrícolas da entidade. A OMC confirmou que os subsídios americanos são ?inconsistentes? com as práticas internacionais e pediu que os programas de ajuda aos produtores sejam modificados para se adequar à lei. Por lei, o Brasil teria a possibilidade de retaliar o governo americano. No entanto, até o momento, o Ministério das Relações Exteriores não tomou uma decisão política sobre qual caminho seguirá, já que a sanção acarretaria em desgaste político.

Mas, nos bastidores, o governo começa um processo de consultas entre o Itamaraty e outros ministérios para adotar a retaliação em vários setores caso a decisão política seja tomada. A diplomacia confirmou à reportagem que reuniões com outros setores do governo já foram iniciadas. Uma das idéias seria a de pela primeira vez, retaliar o governo americano suspendendo direitos de patentes (algo que já provocou diversas polêmicas entre os dois países). Outra forma seria sobretaxar produtos feitos nos Estados Unidos ou o setor de serviços daquele país.

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