Bradesco: alimentos darão ‘alívio’ ao IPCA de outubro

Os preços dos alimentos podem permitir “certo alívio” à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em outubro, como avalia a equipe econômica do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depec) do Bradesco em relatório enviado hoje a clientes. O banco, no entanto, ainda não divulgou sua projeção para o IPCA fechado deste mês nem para o desempenho esperado para o setor de Alimentação e Bebidas para o mesmo período. Em setembro, o grupo ficou em 0,64%, ante elevação de 0,72% no mês anterior. “Resultando em uma das maiores contribuições positivas para o índice cheio”, escreveram os economistas do banco.

De acordo com o IBGE, o IPCA avançou de 0,37% em agosto para 0,53% em setembro, em linha com o esperado pelo Bradesco, que era uma valorização de 0,55%. A taxa também ficou dentro do esperado pelas demais instituições financeiras consultadas em levantamento feito pelo AE Projeções, que iam de 0,47% a 0,60%. A taxa efetiva ficou colada à mediana, de 0,54%.

Os economistas também ressaltaram a alta de 0,78% no setor de Transportes no mês passado, após uma deflação de 0,11% em agosto. “Refletindo maior pressão dos preços de passagens aéreas e de combustíveis”, conforme o relatório. Segundo o IBGE, o efeito desse aumento no IPCA de setembro foi de 0,09 ponto porcentual. No mês passado, ainda conforme o instituto, os voos disponíveis subiram, em média, 23,40% em relação aos disponibilizados pelas companhias aéreas para viagens em agosto, mês em que os preços das tarifas recuaram 5,95%.

Embora esperem uma pressão menor dos preços dos alimentos sobre o IPCA de outubro, os economistas do Depec não veem alívio na inflação anual, tanto que não alteraram suas estimativas para o indicador no fim deste e do ano que vem. “Mantemos nossas projeções para o IPCA em 6,5% e 5,8% para 2011 e 2012, respectivamente”, destaca o documento.

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