Bovespa contorna crise e fecha julho em alta

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) acumulou uma alta de 4,61% em julho, sustentando-se no topo do ranking das aplicações financeiras neste ano. Ontem, o Ibovespa, índice que acompanha a variação dos preços das 54 ações mais negociadas, interrompeu a seqüência de seis baixas e fechou em alta de 0,72%, aos 13.571 pontos. Com isso, ao contrário do que está ocorrendo no fechamento do mês, o resultado acumulado da semana ficou negativo em 1,2%.

O segundo corte de juros promovido pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central neste mês e o desempenho positivo de Wall Street, que está mais otimista com os sinais de recuperação da economia americana, são apontados como os principais motivos para a alta das ações brasileiras em julho. Alguns analistas preferem incluir o “efeito Lula” – e os índices cada vez menores do risco-Brasil – nos bons resultados da bolsa paulista.

Nos sete meses deste ano, o investidor que aplicou em uma carteira teórica similar ao Ibovespa conseguiu obter rendimento de 20,4%.

Férias

Apesar do desempenho positivo no mês e no ano, há um dado negativo no “retrato” da bolsa paulista: os negócios estão minguando, refletindo um menor apetite dos investidores estrangeiros em relação aos papéis das empresas brasileiras.

A média diária de negócios em julho (cerca de R$ 570 milhões) foi a menor desde março (R$ 566 milhões). Ontem, a bolsa movimentou R$ 566 milhões, bem abaixo do giro médio do mês passado (R$ 782 milhões).

Há quem atribua essa redução ao período de férias, quando o número de operadores no pregão diminui.

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