Bolsas de Nova York recuperam terreno após indicadores

O mercado de ações norte-americano fechou em alta, recuperando-se parcialmente da queda de ontem. Operadores disseram que os investidores reagiram positivamente ao índice de atividade no setor de serviços em agosto (ISM, dos gerentes de compras), à revisão para cima do indicador da produtividade da mão-de-obra no segundo trimestre, à queda do número de pedidos de auxílio-desemprego na semana passada e aos informes de vendas das grandes redes varejistas em agosto.

Cinco dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central americano) falaram ao longo do dia; todos eles reafirmaram que a turbulência vivida pelos mercados financeiros não teve impacto, pelo menos até agora, na economia dos EUA. "Os investidores estão em meio a um cabo-de-guerra", disse o estrategista Al Goldman, da AG Edwards, referindo-se ao debate sobre se o Fed vai ou não reduzir as taxas de juro em breve.

Segundo ele, os participantes do mercado estarão especialmente atentos aos dados do nível de emprego ("payroll") em agosto, que saem amanhã de manhã; embora os últimos indicadores econômicos tenham sido positivos, a estimativa de criação de postos de trabalho divulgada ontem pela ADP/Macroeconomic Advisors ficou abaixo das previsões, sugerindo a possibilidade de que os dados oficiais do "payroll" também sejam fracos.

Índices

O índice Dow Jones fechou em alta de 57,88 pontos (0,44%), em 13.363,35 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 8,37 pontos (0,32%) em 2.614,32 pontos. O S&P-500 subiu 6,26 pontos (0,43%), para 1.478,55 pontos.

Os preços dos títulos do Tesouro dos EUA recuaram, com correspondente alta nos juros. O mercado reagiu às declarações de dirigentes do Fed, que sugeriram que os investidores podem estar sendo otimistas demais quanto à possibilidade de uma redução das taxas de juro em breve.

"O mercado tomou como verdade as declarações dos dirigentes do Fed, de que ainda não estão vendo danos na economia. O Fed está atento, mas aparentemente não está com o dedo no gatilho", comentou o estrategista TJ Marta, da RBC Capital Markets.

Entre as declarações de dirigentes do Fed, as mais fortes foram de William Poole, presidente do Fed de St. Louis. Ele disse que os investidores devem prestar mais atenção aos indicadores do que a declarações de dirigentes, ele mesmo incluído, e que os mercados não podem pressionar o Fed a tomar qualquer decisão de política monetária antes das reuniões da instituição.

Pela manhã, o Fed injetou um total de US$ 31,25 bilhões no sistema financeiro, igualando-se a ações similares de outros bancos centrais.

No fechamento em Nova York, o juro projetado pelos T-Bonds de 30 anos estava em 4,786% ao ano, de 4,774% ontem; o juro das T-Notes de 10 anos estava em 4,503%, de 4,471% ontem; o juro das T-Notes de 2 anos estava em 4,074%, de 4,016% ontem. As informações são da Dow Jones.

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