BNDES vai investir em insumos básicos

Rio (AE) – Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o setor de insumos básicos deverão crescer 67% este ano. A previsão é que os valores financiados cheguem a R$ 5 bilhões, ante os R$ 3 bilhões do ano anterior. Para efeito de comparação, em 2004 os desembolsos para o mesmo setor somaram R$ 1,6 bilhão – um terço do previsto para 2006.

Segundo o presidente do BNDES, Demian Fiocca, a instituição de fomento está analisando projetos de grande porte nas áreas de papel e celulose, petroquímica, siderurgia e mineração, que compõem o setor de insumos básicos. Como os processos ainda estão em curso, o BNDES não informou os nomes das empresas ou os valores envolvidos.

?Antes de aprovar a gente não pode falar nada?, disse Fiocca, pouco depois de participar, ontem, de aula inaugural no Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo o presidente do BNDES, há também projetos de grande porte em análise na área de energia. De forma geral, a maior parte dos grandes projetos em análise deverá ser aprovada ainda esse ano, indicou o executivo.

Na avaliação do banco, o desempenho no setor de insumos básicos decorre do fato de que há um ciclo econômico favorável para estas commodities e a conjuntura estimula os investimentos. Apenas no primeiro semestre deste ano, foram aprovados financiamentos no setor no valor de R$ 5,3 bilhões, para investimentos que somarão R$ 10 bilhões.

No início de agosto, o banco aprovou um financiamento de R$ 1,74 bilhão para a Klabin S.A., voltado ao aumento da capacidade de produção da unidade em Telêmaco Borba (PR). A capacidade será ampliada das 680 mil toneladas atuais para 1,1 milhão de toneladas de papéis e cartões por ano. A participação do banco equivale a 65,9% do orçamento do projeto (R$ 2,6 bilhões).

Setor farmacêutico

Ontem, o BNDES aprovou duas operações de financiamento para o Aché Laboratórios, maior fabricante nacional do setor farmacêutico. O valor total do financiamento foi de R$ 311 milhões. Os recursos foram liberados por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Farmacêutica (Profarma), linha do banco ligada à política industrial do governo federal.

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