Bernardo: queda na receita pode ser maior que a prevista

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse hoje que a arrecadação de 2009 pode ter uma queda maior do que a prevista pelo governo no último relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas. A queda estimada pelo governo para o ano é de R$ 64 bilhões. Mas há analistas econômicos que dizem que a redução pode ser de R$ 70 bilhões a R$ 80 bilhões, números que o ministro considerou “possíveis” de serem confirmados. Bernardo lembrou que a queda nas receitas do ano se devem ao impacto da crise na atividade econômica. Ele ponderou, no entanto, que a economia já começou a crescer e o “Natal deve ser bom”, o que pode ajudar a melhorar o quadro de queda de receitas.

Bernardo afirmou que gostaria que o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre produtos da linha branca continuasse reduzido, porque ainda não comprou um fogão para substituir o antigo. “A redução do IPI, o ministro (da Fazenda) Guido Mantega deve anunciar o que vai fazer na semana que vem, porque o mês acaba no domingo. Da semana que vem não passa. Eu gostaria (que o IPI continuasse reduzido). Até porque eu não comprei fogão e estou cozinhando com fogão antigo. Todo domingo tem que fazer almoço lá em casa”, afirmou.

Ele informou que o governo considera que o prazo de validade da Lei Kandir para o ressarcimento das perdas dos Estados com a desoneração das exportações já passou. Segundo o ministro, a medida surtiu efeito, elevando as vendas externas e as receitas dos Estados e agora não haveria mais necessidade de ressarcimento. Bernardo defendeu que o Congresso aprove uma reforma tributária que tenha um modelo permanente, que estimule mais as exportações. “Todo ano tem um capítulo dessa novela (Lei Kandir). A reforma tributária solucionaria isto”, afirmou.

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