Bancos elevam taxas dos empréstimos pessoais

São Paulo – Os juros cobrados nos empréstimos pessoais continuaram aumentando este mês, apesar de o custo básico do dinheiro, a taxa Selic, ter estacionado em 26,5% ao ano desde abril. Pesquisa da Fundação Procon de São Paulo, realizada nos dias 9 e 10 com 13 instituições financeiras, revela que a taxa média nos empréstimos pessoais, que era 6,20% ao mês em maio, ou 105,73% ao ano, subiu para 6,22% ao mês, ou 106,27% ao ano. Em igual período de 2002, a taxa anual dos empréstimos pessoais era bem menor – estava em 90,49% ao ano.

O empréstimo pessoal é uma linha de crédito que não está vinculada à compra de um bem. Normalmente, o juro é menor do que o cheque especial e os bancos, quando renegociam a dívida com correntistas inadimplentes, lhes recomendam que migrem do cheque especial para o empréstimo pessoal.

No cheque especial, juros médios tiveram um ligeiro recuo. Em maio, a taxa estava em 9,48% ao mês (196,42% ao ano) e caiu para 9,43% (194,77% ao ano). Em junho de 2002, o juro do cheque especial era 173,81% ao ano.

“O quadro ficou inalterado e os juros estão muito elevados, com alterações apenas marginais”, diz a supervisora de Pesquisas da Fundação Procon-SP, Cristina Rafael Martinussi. Ela observa que o aumento da taxa do empréstimo pessoal ocorreu porque um único banco passou a cobrar mais pelo dinheiro. No caso do cheque especial, dos 13 bancos pesquisados, somente 2 reduziram os juros. As taxas ficaram inalteradas para as duas linhas de crédito nas demais instituições.

Segundo Cristina, o consumidor deve continuar cauteloso e evitar assumir financiamentos, ainda que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduza os juros básicos da economia nos próximos dias. “Mesmo que ocorra um corte na Selic, essa redução não terá impacto imediato nos juros bancários.”

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