Bancos cobram a maior taxa de juros

Brasília 

– Os recentes aumentos da taxa básica de juros, que pulou de 18% para 22% nos últimos dois meses, já chegaram ao consumidor final. Apenas em outubro, quando o juro básico ainda estava em 21%, a taxa média de juros cobrada nas operações de crédito no País atingiu 45,4% ao ano, dois pontos porcentuais acima da média apurada em setembro. Segundo dados do Banco Central (BC), trata-se da maior taxa média desde junho de 2000.

“A elevação da Selic, determinada pelo Copom em 14 de outubro, afetou as taxas dos empréstimos referenciados em juros prefixados e em juros flutuantes pactuadas na segunda quinzena do mês”, afirmaram os técnicos do Departamento Econômico (Depec) do BC em documento divulgado ontem sobre as operações de crédito no País.

A alta mais expressiva foi registrada nas operações com pessoas físicas. Neste caso, a taxa média de juros subiu de setembro para outubro 4,6 pontos porcentuais, passando de 74,7% ao ano para 79,3%. A taxa de juros média cobrada nas operações com empresas foi de 23% ao ano em outubro, o que representa uma alta de 0,3 ponto porcentual em relação à taxa de 22,7% registrada em setembro.

Nas operações com juros prefixados, a maior alta foi na taxa cobrada nas operações de financiamento de veículos, que subiram 5,6 pontos porcentuais, passando de 47,4% ao ano para 53% ao ano. O cheque especial ficou praticamente inalterado. A taxa média cobrada pelas instituições financeiras na concessão deste tipo de crédito ficou em 158,5% ao ano em outubro, ante 158,4% registrado em setembro.

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