Com alta de 1,61%, a cesta básica de Curitiba apresentou o segundo maior aumento do País em outubro – atrás apenas de Porto Alegre (1,93%). Mas em valor, a capital paranaense manteve o oitavo lugar entre as 17 cidades pesquisadas: R$ 245,97, enquanto a cesta campeã, de Porto Alegre, custou R$ 277,34.
Segundo o escritório do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Paraná (Dieese-PR), nove dos treze itens registraram elevação de preços na capital paranaense no mês passado. “O aumento era esperado em função do período de entressafra da maioria dos produtos, como café, óleo de soja, carne, arroz e feijão”, aponta o economista Sandro Silva, do Dieese-PR. Três itens ficaram com os preços estáveis (leite, tomate e açúcar) e só a manteiga barateou (-0,69%).
Embora a banana tenha registrado o maior aumento (5,33%), seguida de café (4,23%), batata (4,13%) e óleo de soja (3,69%), a variação de 2,01% no valor da carne – quinta colocada no ranking – foi a que mais pesou no bolso do curitibano. Pelos cálculos do Dieese-PR, a carne representou 41% do custo da cesta básica no último mês, o que significou um gasto mensal de R$ 100,52. “Há uma tendência de aumento de preços no final do ano devido ao aumento da renda da população”, observa Silva.
Mas, segundo ele, “diferente do que ocorreu no final do ano passado e início deste ano, os alimentos não pressionaram tanto a inflação”. No ano, a cesta básica de Curitiba acumula variação de 0,82% e, em doze meses, chega a 6,04%. Enquanto o INPC até setembro está em 7,30% e a tendência é encerrar o ano abaixo de 6,5%. “A perspectiva é continuar tendo alta, por causa da entressafra de alguns produtos, mas possivelmente a cesta de Curitiba feche o ano com variação abaixo da inflação”, destaca o economista do Dieese-PR.