Balança e risco-País derrubam o dólar

O dólar comercial terminou a segunda-feira em baixa de 0,96%, vendido a R$ 2,862, com o mercado animado por boatos de novas captações de empresas brasileiras no exterior e pelo superávit de US$ 565 milhões da balança comercial brasileira na terceira semana de junho. Operadores de mercado disseram que a petroquímica Braskem teria lançado uma operação para captar US$ 500 milhões. A assessoria da empresa não comentou o assunto.

A expectativa de que novas captações sejam anunciadas nos próximos dias ajuda a derrubar as cotações.

Continua também a expectativa em torno da rolagem de US$ 2,5 bilhões em títulos cambiais, que vencem no próximo dia 1.º. Novamente, o mercado especula uma renovação em torno de 90% desses papéis.

Outro fator positivo para os investidores foi a recuperação do C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, após fortes quedas provocadas por um movimento de realização de lucros. O título tem elevação de 0,91%, negociado a 89,938% do valor de face. O risco-País despencou 2,07%, para 755 pontos.

Inflação

As atenções do mercado estão concentradas na reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), que acontece hoje, e deve definir a meta de inflação de 2005. Pode ser anunciada também uma mudança no recolhimento compulsório dos bancos sobre depósitos à vista, que está atualmente em 60%.

Também os índices de inflação são acompanhados de perto. Hoje sai o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e, na quinta-feira, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

EUA

Amanhã acontece a reunião do conselho de política monetária do Fed – Federal Reserve, banco central norte-americano – e o mercado espera, ainda que sem consenso, a redução de pelo menos 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros da economia dos Estados Unidos, que está atualmente em 1,25% ao ano. A medida, somada ao pacote de redução de impostos proposto pelo presidente George W. Bush, seria uma tentativa de retomar o crescimento.

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