O número de pessoas que recorreram ao auxílio-desemprego no Reino Unido registrou aumento recorde em fevereiro, elevando o volume de desempregados para acima de 2 milhões pela primeira vez em quase 12 anos no país.
O Escritório Nacional de Estatísticas informou um salto de 138,4 mil no número de pedidos de auxílio-desemprego durante fevereiro, o maior aumento mensal desde que os registros foram iniciados em 1971. O aumento dos pedidos em janeiro foi revisado em alta para 93,5 mil, de 73,8 mil calculado anteriormente. Os pedidos de auxílio-desemprego vêm subindo há 13 meses e em fevereiro superaram a previsão dos economistas de elevação de 87,5 mil.
O número de pessoas desempregadas no Reino Unido, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), subiu para 2,03 milhões em três meses até janeiro, o patamar mais elevado desde os três meses até julho de 1997. A taxa de desemprego correspondente avançou para 6,5%, 0,5% ponto porcentual acima dos três meses anteriores.
Os dados mostraram ainda que o número de vagas de emprego disponíveis caiu ao menor nível desde que registros comparáveis foram iniciados em 2001, e que os pagamentos de compensações por demissões dispararam ao patamar mais elevado desde que tais dados começaram a ser recolhidos em 1995.
Os dados aumentam a pressão para que o primeiro-ministro, Gordon Brown, intensifique os esforços para lidar com o aprofundamento da recessão. Economistas dizem também que os números sugerem eventual necessidade de o Banco da Inglaterra (BoE, o banco central inglês) acentuar o estímulo econômico. As informações são da Dow Jones.