Arrecadação do semestre chega a R$ 177 bilhões

A sociedade brasileira pagou R$ 177,561 bilhões no primeiro semestre do ano, um crescimento real – já descontada a inflação – de 6,19% na comparação com o mesmo período do ano passado. Esse resultado é recorde para o período. Entre os destaques da arrecadação dos primeiros seis meses do ano estão a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica. Os números foram divulgados ontem pelo secretário-adjunto da Receita, Ricardo Pinheiro.

No primeiro caso, o tributo recolhido pelas empresas representou 22,29% de tudo o que foi arrecadado em impostos neste ano até junho – R$ 39,584 bilhões. Se forem consideradas também as entidades financeiras, a participação da Cofins na arrecadação sobe para 23,83% (R$ 42,315 bilhões).

Em fevereiro de 2004 a alíquota da Cofins subiu de 3% para 7,6% – um aumento de mais de 153,3%. Com o aumento da alíquota, terminou a cumulatividade do tributo, que incidia sobre todas as etapas de produção. A partir de 1.º de maio do ano passado, o tributo passou a incidir sobre produtos importados também.

Já a arrecadação do IRPJ foi a que mais cresceu no período, 21,42%, e totalizou R$ 26,070 bilhões. O IR como um todo -que inclui o cobrado da pessoa física e o retido na fonte – arrecadou R$ 61,388 bilhões no primeiro semestre do ano, um crescimento de 11,30%.

Junho

No mês passado, a arrecadação foi de R$ 31,582 bilhões, um crescimento de 10,83% em relação a junho de 2004 e de 16,59% na comparação com maio. O resultado é recorde para o mês.

O destaque de junho foi o crescimento da arrecadação do IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) dos rendimento de capital, que foi de R$ 4,474 bilhões, um crescimento de 202,69% na comparação com o mesmo mês de 2004. Esse aumento ocorreu porque em outubro do ano passado ficou definido que o recolhimento desse tributo passaria a ser semestral, em dezembro e junho.

Além disso, o aumento das vendas de veículos no mercado interno mais uma vez contribuiu para o aumento da arrecadação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) vinculado à venda de automóveis, que subiu 19,13%.

O IRPJ e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) tiveram crescimento de 34,84% e 31,67%, respectivamente. Os setores de extração mineral, telecomunicações e eletricidade contribuíram para esse resultado. Esses são os principais fatores que fazem o recolhimento desses tributos com base em uma estimativa mensal de faturamento. 

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