Animais-sentinelas não ?pegam? aftosa

O Ministério da Agricultura deve liberar nos próximos dias a entrada de animais em cinco das sete propriedades consideradas focos de febre aftosa no Paraná. Os exames de sorologia nos animais-sentinelas nessas fazendas deram negativo, o que mostra que não houve circulação do vírus da febre aftosa nessas propriedades rurais. As fazendas que serão liberadas ficam nos municípios de Maringá, Bela Vista do Paraíso, São Sebastião da Amoreira e Grandes Rios.

A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento ainda não recebeu os laudos oficiais dos exames de sorologia. ?A informação que tivemos hoje (ontem) do secretário Nacional de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Gabriel Maciel, é que os testes nos animais dessas propriedades deram negativos. Agora dependemos apenas das formalidades do Ministério da Agricultura?, afirma Felisberto Baptista, chefe do Departamento de Fiscalização da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento.

Segundo Felisberto Baptista, inicialmente será liberada apenas a entrada de animais nas propriedades. ?A medida vai permitir recompor o plantel dessas fazendas, onde bois foram abatidos?, afirma. A permissão para comercializar os animais virá em seguida.

A liberação das fazendas onde não for comprovada a circulação do vírus da aftosa é uma reivindicação do governo do Paraná, em defesa dos interesses dos produtores rurais. Na semana passada o secretário estadual da Agricultura, Newton Pohl Ribas, esteve em Brasília para solicitar mais rapidez na divulgação dos resultados dos exames.

Ainda não foram concluídos os exames nos animais-sentinelas nas outras duas fazendas consideradas foco de aftosa, ambas no município de Loanda. Só depois que três testes sorológicos derem negativos é que essas fazendas também serão liberadas.

O Ministério da Agricultura proibiu a circulação de animais num raio de dez quilômetros das propriedades consideradas foco de aftosa. Foram coletadas amostras de sangue para a realização dos exames de sorologia de 9.649 animais de 607 fazendas. Será necessário colher novamente amostras de sangue em 2.055 animais, cujos testes apontaram a presença do vírus. Isso pode ter ocorrido devido à vacina que eles receberam. Novos exames vão esclarecer essa questão. (AEN)

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