Alta do PIB no Brasil é a 8º maior entre 16 países

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,5% no terceiro trimestre, na comparação com o segundo trimestre de 2009, colocou o Brasil no oitavo lugar numa lista com 16 países divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos números oficiais de cada nação.

Nessa base de comparação, a expansão do PIB do Brasil ficou atrás do registrado no Chile (2,0%), no Japão (0,9%), no Reino Unido (0,8%), no México (0,7%), na Alemanha (0,7%), na Coreia do Sul (0,7%) e nos Estados Unidos (0,6%). Atrás do Brasil aparecem, na ordem, Bélgica (0,5%), União Europeia (0,4%), França (0,4%), Portugal (0,4%), Itália (0,2%), Espanha (zero), Holanda (0,1%) e Grécia (queda de 1,1%, antes da revisão).

O PIB per capita (por pessoa) do Brasil ficou em US$ 10,2 mil, atrás de todos os países da lista, inclusive do México (US$ 13,5 mil) e do Chile (US$ 14,7 mil). O maior PIB per capita é o dos EUA, de US$ 46,4 mil.

Entre os países que compõem o Bric (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China), não há comparação em relação ao segundo trimestre de 2010, mas em relação ao mesmo trimestre do ano anterior – ou seja, em relação ao terceiro trimestre de 2009. Enquanto o Brasil registrou alta de 6,7% nesta comparação, a China teve alta de 9,6%, com PIB per capita de US$ 6,6 mil. A Índia cresceu 8,9%, com PIB per capita de US$ 3,1 mil, e a Rússia, 2,7%, com PIB per capita de US$ 15,1 mil.

Resultados

Olinto disse ainda que os resultados do PIB do terceiro trimestre “mostram mais ou menos o mesmo padrão dos outros trimestres, com aumento no consumo das famílias e taxa de expansão dos investimentos acima da média”. Ele admite, no entanto, que “houve uma pequena diminuição em relação às taxas observadas em trimestres anteriores”.

Ele acrescentou que “não chamaria (o resultado) de desaceleração”, pois “ainda há crescimento”. “A economia brasileira passou por um período negativo e vem em recuperação, há oscilações nos trimestres, é um resultado natural.”

Ainda ao comentar que o resultado do trimestre passado se mantém no mesmo padrão do apurado nos demais trimestres de 2010 e que não há sustos na diminuição da taxa de crescimento do PIB, Olinto disse que “o Brasil saiu com uma velocidade forte da crise e agora não dá para continuar no mesmo ritmo”.

Investimentos

Os aumentos registrados na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no terceiro trimestre deste ano refletem a expansão na produção e da importação de máquinas e equipamentos, segundo observou Olinto. A FBCF registrou aumento de 3,9% no terceiro trimestre ante o trimestre imediatamente anterior e alta de 21,2% ante o terceiro trimestre do ano passado. No ano, a FBCF acumula expansão de 25,6%.

A expansão ante igual trimestre do ano anterior – o terceiro trimestre consecutivo de crescimento acima de 20% nessa base de comparação – refletiu ainda, segundo Olinto, a baixa base de comparação do terceiro trimestre de 2009.

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