Álcool para atender o mercado japonês

Para atender a enorme demanda do mercado japonês, o governo do Paraná pretende dar todo o apoio para que oito usinas de álcool paranaenses, atualmente desativadas, voltem a operar com capacidade total, gerando milhares de empregos diretos. A revelação foi feita na noite de quarta-feira pelo secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, durante jantar que o governador Roberto Requião ofereceu a uma comitiva de empresários japoneses, tendo a frente o embaixador do Japão no Brasil, Takahiko Homirura.

O governo japonês determinou que, numa escala crescente, seja adicionado álcool anidro na gasolina que abastece a frota de 78 milhões de veículos que circulam pelo país, como forma de reduzir a poluição do ar. Atualmente, é feita a mistura de 3% de álcool, mas nos próximos anos deverá chegar a 10%.

Shigeru Otake, ministro da Embaixada do Japão no Brasil, responsável pelas áreas de indústria e comércio, confirma o interesse dos japoneses pelo álcool paranaense. ?O Japão está pesquisando outro tipo de energia sustentável, para não contar tão-somente com a energia proveniente do carbono. O álcool aparece como uma excelente alternativa, por se tratar de energia renovável?, comentou.

Segundo ele, o Japão tem interesse também em ampliar suas importações de frango e soja do Paraná. ?Atualmente, no Japão, há uma grande preferência por produtos não transgênicos. A soja pura produzida no Paraná atende a demanda e a exigência do mercado japonês que, em função disso, deve ampliar seus negócios aqui. No caso do frango, a ampliação das importações fica por conta da gripe aviária, que atingiu países que tradicionalmente exportavam para o Japão?, contou Otake. 

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