Álcool deve subir com diminuição da oferta das usinas

A diminuição da oferta de álcool por parte das usinas menos capitalizadas vai contribuir para que os preços do combustível sustentem novos níveis de alta. As usinas paulistas informam que o preço deve subir para recuperar as perdas no início da safra, mas os produtores não arriscam um número que represente porcentualmente a alta.

O álcool vendido pelas usinas às distribuidoras chegou a cair 30% pouco depois de iniciada a safra. O preço do hidratado baixou de R$ 0,54, em fevereiro, para R$ 0,38 em junho. A baixa foi impulsionada pela grande oferta do produto para fazer caixa para usinas. Uma parte delas, mais capitalizada, segurou o produto à espera de preços mais remuneradores.

A União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica) diz que a alta do preço nas últimas semanas já reflete a queda da pressão vendedora das usinas. A Unica avalia que o preço deva subir a partir deste mês, mas que será difícil determinar o porcentual de alta.

A Unica defende que o álcool combustível é hoje um produto regulado pelo mercado e que não há como definir uma alta como ocorre com a gasolina, onde o preço é determinado pela Petrobras com base em cotações internacionais do petróleo.

A cotação do álcool estava em R$ 0,44 o litro de hidratado na semana passada, uma recuperação de 15% em relação a junho.

No ano passado, o álcool foi vendido a R$ 0,50, o que daria uma hipotética margem de aumento de 13%. A Unica lembra, porém, que esta safra de cana tem produção estimada em 9% superior à safra passada (entre 264 milhões e 270 milhões de toneladas), o que garante matéria-prima para abastecer o mercado.

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