Agronegócio deve crescer 5%, prevê Pratini

O governo está atacando em várias frentes para manter em detaque a contribuição dos produtos agropecuários na composição do Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo o ministro da Agricultura Marcus Vinícius Pratini de Morais, a solução de problemas graves do País, como a inclusão dos 30 milhões de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza, só será possível com crescimento econômico. Ele vê no agronegócio a principal fonte de crescimento. Citou, como exemplo, a recente negociação de venda de carne suína para a Rússia. Isso, diz Pratini, garante ao Brasil o ingresso de US$ 400 milhões/ano e a criação de 150 mil empregos.

?Nenhum outro setor conseguiria responder de forma tão rápida e substancial à necessidade premente de o Brasil obter dólares e gerar postos de trabalho?. Ressaltou que este ano o PIB dos agronegócios (agroindústria, pecuária e agricultura) deve crescer 5%.

Em termos gerais, o ministro lembrou que a contribuição dos produtos agropecuários à balança comercial foi de US$ 19 bilhões em 2001 e que os agronegócios já representam 30% do PIB do País. Em 2002, a estimativa oficial é de que o valor das exportações agropecuárias se situe entre US$ 20 bilhões e US$ 21 bilhões. Ainda segundo o ministro, hoje há 1,2 milhão de trabalhadores rurais, com carteira assinada, número que supera o da construção civil, que sempre foi a grande empregadora no País.

Mas à medida em que o Brasil se apresenta ao mercado internacional como fornecedor de alimentos, tem de se preparar também para enfrentar os concorrentes, disse o ministro. Como primeira estratégia, mandou organizar um dicionário de termos agropecuários, em inglês, para treinar grupos de negociadores brasileiros, constituídos de advogados, agrônomos, veterinários etc. ?Não basta saber falar em inglês. É preciso entender, e muito bem, o que está sendo dito?.

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