Acordo põe fim à greve na Itaipu

Após longas negociações com a direção da Itaipu Binacional os 1,3 mil funcionários da hidrelétrica, em greve desde a última sexta-feira, decidiram ontem pela manhã voltar ao trabalho. A decisão foi tomada durante assembléia realizada em Foz do Iguaçu entre os sindicatos que representam os engenheiros e eletricitários do lado brasileiros da empresa.

A proposta aceita por unanimidade pelos trabalhadores foi discutida na quarta-feira em uma reunião entre sindicatos e a direção de Itaipu. Ficou acertado que a empresa distribuirá, a título de participação nos resultados, um valor correspondente a uma folha de pagamento mais 30%. Desse total, 60% serão distribuídos de forma proporcional ao salário de cada empregado e 40% de forma igualitária para todos. Para o presidente do Sindicato dos Eletricitários de Foz do Iguaçu, Assis Paulo Sepp, a divisão vai beneficiar os funcionários que ganham menos. ?Trata-se de uma transferência de renda que não vai onerar mais a empresa?, afirmou.

De acordo com o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, 2004 foi o ano em que a Itaipu obteve a terceira melhor produção de sua história, mas mesmo assim não havia muito espaço para negociações. ?Foi o máximo que conseguimos oferecer?, afirmou. O diretor explicou que a empresa enfrenta dificuldades por causa do câmbio. ?Estamos fazendo uma gestão absolutamente responsável para não repassar os custos da apreciação cambial para o consumidor?, observou.

Turistas

Ontem o Centro de Recepção de Visitantes da Itaipu Binacional retomou o atendimento aos turistas brasileiros e estrangeiros. O atendimento havia sido interrompido pelos grevistas. A usina recebe em média dois mil visitantes por dia, sendo o segundo maior ponto de visitação da fronteira, depois das Cataratas do Iguaçu, e contribuindo para aumentar o tempo de permanência dos turistas em Foz do Iguaçu. (Diogo Dreyer)

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