Acordo entre Mercosul e UE não pode destruir empregos, diz ministro argentino

O acordo comercial entre os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela) e a União Europeia não pode “destruir” empregos nos países da região, afirmou nesta quinta, 27, o ministro de Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, depois de participar de reunião no Itamaraty com os ministros de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro. Os dois blocos devem trocar ofertas em novembro e iniciar as negociações para fechar o acordo a partir de 2016.

“Vamos, unidos no Mercosul, buscar desse acordo o maior benefício possível. Temos que estar seguros que a Europa dará a mesma importância que nós estamos dando. Não podemos ceder. Um acordo com a União Europeia e com qualquer outra região deve servir especialmente para a geração de empregos em nossos países. Um acordo não pode destruir empregos”, disse Timerman.

O ministro Mauro Vieira afirmou que a posição do governo Dilma Rousseff coincide com a do governo argentino quanto à importância do acordo comercial que será costurado pelo Mercosul com os europeus. “Estamos em posição afinada e acordada entre os ministros do Mercosul para apresentarmos uma proposta conjunta”, disse ele. Em seguida, o ministro Armando Monteiro reforçou que o desejo pelo acordo é “reiterado” por Brasil e Argentina.

A próxima reunião entre presidentes do Mercosul está agendada para ocorrer no fim de setembro no Paraguai. Os líderes dos cinco países devem fechar a oferta conjunta que será apresentada à União Europeia neste encontro.

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