Dólar não ultrapassará R$ 3 no médio prazo, diz Furlan

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse hoje que, em um horizonte de curto e médio prazos, a taxa de câmbio não ficará acima de R$ 3. Para ele, o pacote anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, "ainda precisa sair". "O ministro Mantega prometeu que ainda essa semana os atos legais estarão à disposição para que o pacote possa produzir seus efeitos", disse Furlan, que participou do 5º Congresso Brasileiro de Agribusiness, em São Paulo.

Para o ministro, o pacote cambial vem para simplificar a vida das empresas e desonerar a intermediação do câmbio. Segundo ele, esse é um ganho permanente e não apenas uma questão momentânea. "Precisamos continuar com o trabalho de redução da burocracia e simplificação dos trâmites aduaneiros", disse Furlan.

Outro ponto crítico e que ainda precisa passar por um processo de redução da burocracia, na avaliação do ministro, é o de transportes intermodal. Furlan também cobrou investimentos na área de infra-estrutura para que haja ganhos de produtividade nas exportações. "Podemos ter o mesmo efeito para exportação de uma taxa de câmbio mais elevada apenas reduzindo custos", disse o ministro.

Sobre os efeitos negativos que a guerra no Líbano poderia ter para as exportações brasileiras, o ministro disse que não existe nenhum impacto perceptivo. Para ele, o setor de alimentos poderia até se beneficiar do conflito, com o aumento de vendas para formação de estoques. "Quando há turbulências como essa, existe a tendência de aumento nos estoques e isso poderia abrir alguns espaços para as exportações brasileiras", afirmou Furlan.

O ministro descartou a possibilidade de as exportações de frango brasileiro para a região serem prejudicadas pelo conflito. O Oriente Médio é um dos principais clientes do Brasil na importação de carne de frango. "Nossos mercados estão bastante diversificados", resumiu o ministro.

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