Dólar abre em alta de 0,09% na BM&F, a R$ 2,16

A taxa de câmbio registra leve alta no início do pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O dólar de liquidação à vista foi negociado a R$ 2,16 na primeira transação do dia, valorização de 0,09% em relação ao preço de fechamento ontem.

Sem o anúncio do esperado pacote econômico, que foi adiado para janeiro, a agenda interna desta quinta-feira ficou vazia, restrita à definição da nova Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e à divulgação de dados de emprego e desemprego do IBGE. Assim, abriu-se espaço para o mercado financeiro, mais uma vez, ser comandado pelos acontecimentos externos.

Nos EUA, o dia amanhece tranqüilo, com o índice futuro do Nasdaq e o S&P sinalizando uma abertura em alta nas bolsas em Wall Street. Mas hoje há vários indicadores previstos, entre eles a divulgação da revisão final do PIB americano do terceiro trimestre, números do auxílio-desemprego e dados de regionais de atividade apurados pelo Fed (Federal Reserve, o banco central do país). E isso pode gerar uma volatilidade que seria repetida por aqui.

A Europa não apresenta direção única. Na Ásia, o susto provocado no início da semana pela Tailândia com as medidas de controle de capitais parece ter sido absorvido pelos demais países. Até na própria Bolsa de Bangcoc há evidências de que os negócios, aos poucos, devem voltar ao normal. Depois de recuar 15% com o anúncio das medidas de controle de capitais, a bolsa recuperou boa parte dessa perda ontem (mais 11,2%) e, hoje, encerrou o pregão com queda de 2%.

Como deve ocorrer nos pregões daqui até o final do ano, já que o único fator com pequeno grau de incerteza – o pacote econômico – foi retirado da frente dos analistas e investidores, o mercado doméstico de câmbio deve pautar-se, além dos acontecimentos internacionais, pelo fluxo de recursos. Nos últimos dias, as saídas têm sido expressivas pelo segmento financeiro e, até o último dia 15, segundo dados do BC, o fluxo cambial do mês estava negativo em mais de US$ 2 bilhões. Ontem, a avaliação dos especialistas era de que esse volume já estaria maior, apesar de pelo segmento comercial, os dados continuarem favoráveis ao País.

Vale ressaltar que, lá fora, a expectativa é de que o volume de negócios comece a cair daqui para a frente, com a proximidade das festas de final de ano. E isso pode aliviar as saídas financeiras, retirando um fator de pressão de alta das cotações.

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