Documentário produzido pela RTVE será exibido em sessão pública no litoral

As peculiaridades regionais começam a integrar a pauta das tevês públicas e educativas. Com dois anos de vida, o concurso DOC TV (Programa de Fomento à Produção de Teledifusão do Documentário Brasileiro) tem fortalecido a identidade nacional e contribuído no resgate da diversidade cultural do Brasil. No Paraná dois projetos receberam R$ 100 mil para a realização dos documentários. O resultado de um deles pode ser visto neste fim de semana. ?Antonina, Morretes e Paranaguá: unidas pela história?, produção de Maria Fernanda Cordeiro e da TV Paraná Educativa, será exibido em sessão pública no litoral do Estado.

A prefeitura de Antonina vai montar um telão no Teatro Municipal, no sábado (23), para exibir o documentário às 21 horas. Em Paranaguá o filme faz parte do calendário oficial de comemoração do aniversário da cidade. O evento acontece no dia 26, às 20 horas, na Casa Ceci. Dia 30, é a vez de Morretes receber o filme, às 20h30, no Cine Teatro Morretes. A produção apresenta a gastronomia e cultura do litoral paranaense. Por meio dos moradores, Maria Fernanda retrata a história das três cidades. O elo de ligação é a polêmica que cerca o surgimento do barreado, prato típico mais conhecido do Estado.

Existem diferentes versões dos municípios sobre quem criou a iguaria. A origem do nome vem da expressão ?barrear a panela?, ou seja, vedar com pirão de farinha de mandioca e cinza para não se perder a fervura. Simples e ao mesmo tempo exótico, o prato no folclore do Estado é símbolo de fartura. As filmagens e entrevistas aconteceram durante o carnaval deste ano. Os diretores do filme não utilizam a voz de um locutor para contar a história, a narrativa é feita pelos próprios personagens.

DOC TV

O outro documentário produzido pelo Paraná para integrar a Série Brasil Imaginário é ?Zequinha Grande Gala?, de Carlos Henrique Túlio. O filme propõe uma discussão sobre a identidade paranaense, com base nas figurinhas das balas Zequinha. Surgida no Paraná em 1929, e distribuídas por todo Estado, a ilustração traz aspectos relevantes do inconsciente coletivo. ?O Paraná não tem uma identidade definida, é atrás desta identidade que o filme vai?, explica Túlio.

Para melhorar a arrecadação dos impostos, o Governo do Paraná, lançou, em 1979, uma campanha com a imagem do Zequinha. Neste relançamento, houve uma mudança no visual do personagem, que gerou várias polêmicas com os herdeiros da marca. ?O filme não é uma simples história da figurinha?, garante Túlio. A intenção do realizador é transferir, com originalidade, para o documentário o espírito das figurinhas, que marcaram a infância de várias gerações de paranaenses.

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