Dieese mostra alta do desemprego e queda na renda do trabalhador

Após quatro meses de quedas consecutivas, a taxa de desemprego voltou a subir na Região Metropolitana de São Paulo, passando de 18,1%, em julho, para 18,3%, em agosto, segundo pesquisa divulgada hoje pela Fundação Seade/Dieese. Da mesma forma, o rendimento médio real dos trabalhadores também voltou a apresentar resultado negativo depois de dois meses consecutivos de estabilidade, com queda de 2,9% em julho, fixando a renda em R$ 831. O salário médio, que se manteve praticamente inalterado em junho, registrou declínio de 1,5%, atingindo R$ 878 em julho.

A diminuição do rendimento médio das mulheres foi mais acentuada (3,7%) que a dos homens (2,3%). Com isso, a remuneração média das mulheres passou a equivaler a 64,5% daquela recebida pelos homens, proporção ligeiramente menor que a verificada em junho (65,4%).

Segundo a pesquisa, o contingente de desempregados na região foi estimado em 1,7 milhão de pessoas. A incorporação de 38 mil pessoas na força de trabalho, associada ao pequeno aumento de postos de trabalho, calculado em 12 mil, foi responsável pelo acréscimo de 26 mil desempregados no mercado.

O nível de ocupação, em agosto, manteve-se praticamente estável (0,2%), resultado do aumento de 25 mil postos de trabalho no comércio, principalmente de assalariados sem carteira assinada, além de 24 mil ocupações em outros setores, como serviços domésticos e construção civil. Em contrapartida, a indústria cortou 28 mil postos de trabalho e o setor de serviços eliminou 9 mil.

Por posição na ocupação, destaca-se o crescimento do número de assalariado no setor privado (38 mil), que mais que compensou a eliminação de empregos no setor público (22 mil). A expansão do desemprego foi mais intensa entre as pessoas de 40 anos ou mais, com queda de 11,3%, homens, 7,5%, e chefes de domicílios, 6%.

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