Deputados querem que Petrobras reveja decisão sobre oleoduto

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados pretende mediar as divergências entre o governo do Rio de Janeiro e a Petrobras quanto à construção do oleoduto para escoamento do petróleo da Bacia de Campos (RJ). A informação é do presidente da comissão, deputado João Pizzolatti (PP-SC).

A Petrobras anunciou ontem (5) que desistiu da construção do oleoduto. O projeto previa a ligação da Bacia de Campos à Refinaria de Paulínia, em São Paulo. A Petrobras optou por manter o escoamento da produção por navios.

Após uma reunião informal, os deputados decidiram tentar reabrir a discussão. De acordo com Pizzolatti, alguns parlamentares vão se reunir com o presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, e a governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus na próxima semana.

?A questão deixou de ser um problema do Rio de Janeiro e da Petrobras e passou a ser uma questão nacional?, ressalta o deputado. Ele disse ainda que o país não pode desperdiçar 34 mil empregos que serão criados com o projeto. Pizzolatti espera também se encontrar com a ministra de Minas e Energia Dilma Rousseff, amanhã, para debater o assunto. A reunião não está confirmada.

Ao anunciar a desistência, o presidente da empresa, José Eduardo Dutra, disse que um dos obstáculos que vinha dificultando a execução do projeto era a liberação da licença ambiental. Segundo ele, a licença para a obra vinha sendo dificultada pelo governo estadual que queria condicionar a liberação do duto ao compromisso da Petrobras com a construção da refinaria do Norte Fluminense.

O secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, considerou a decisão da estatal positiva. De acordo com o secretário, o escoamento do petróleo por navios é mais barato do que por oleoduto.

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