Denúncia contra Jefferson poderá gerar CPI, diz líder

O líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), afirmou há pouco que a denúncia de suposto envolvimento do presidente nacional do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), num esquema de cobrança de propinas em órgãos do serviço público "poderá gerar uma CPI (comissão parlamentar de inquérito)". Na avaliação de Maia, a questão, diferentemente do que afirmam algumas autoridades, é do governo, e não apenas do partido. "A situação é grave; queremos uma resposta do governo de forma rápida. Se o governo não se pronunciar, com certeza, vai gerar uma CPI", previu. A Revista "Veja", em reportagem no fim de semana, divulgou fotos e transcrições de supostas conversas em que um diretor dos Correios afirma ser comandado por Jefferson num esquema de cobrança de propinas a empresários, do qual participariam também vários outros funcionários públicos. Segundo o líder do PFL na Câmara, os desdobramentos e repercussões desse tipo de caso ficam sempre no âmbito do Legislativo, "mas as nomeações são feitas pelo presidente". Maia referia-se aos outros funcionários públicos virtualmente envolvidos na rede denunciada pela revista, indicados por uma legenda aliada da administração federal e nomeados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O líder do PFL citou o caso do ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil Waldomiro Diniz, que assessorava o ministro José Dirceu quando foi divulgado um vídeo de 2002 em que pedia propina ao empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o "Carlinhos Cachoeira". Maia disse que o PFL aguarda uma definição do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade de instalação de uma CPI sobre o caso. "Ou os políticos resolvem dar uma resposta para isso, ou a capacidade de representação da sociedade ficará abalada."

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