Imagens que circulam na internet mostram o momento em que um policial militar arrasta o corpo de Yago Pires, de 20 anos, morto em um suposto confronto no bairro Parolin, em Curitiba. A ocorrência foi registrada na manhã desta terça-feira (07/10), por volta das 5h50, quando ocorria uma operação no bairro.
No vídeo gravado em um barracão de materiais recicláveis, é possível ver o jovem, ainda com vida, sendo arrastado em um chão de cimento, sem camisa e com o corpo ensanguentado. Testemunhas pedem para que os policiais parem, mas eles continuam.
“Não faça isso”, grita uma mulher no vídeo. (Imagens fortes)
De acordo com o Comandante do 1º Comando Regional de Polícia Militar, coronel Marcelo Roke Fávero, o vídeo não se trata de um caso de violência, mas sim uma tentativa de socorro. Segundo o coronel, a corporação estava cumprindo 10 mandados de busca e apreensão na região, em uma ação conjunta com a Polícia Civil.
Um dos alvos da operação seria Yago. A polícia alega que ao abordar ele, o jovem atirou contra os policiais. Para preservar a vida da equipe, os PMs teriam reagido e atirado de novo.
Sobre o vídeo que mostra um policial arrastando o jovem, o coronel afirma que Yago estava tentando pegar a arma que ele teria usado para atingir os policiais. “Caçando a arma dele no meio das latinhas ali, o policial puxando ele para fora, tentando tirar ele daquela situação, para além de evitar que ele pegasse a arma, também tentar salvar a vida do menino”, afirma.
Para o coronel, as pessoas que falam que houve abuso são parentes que vitimizam o jovem como se fosse “uma pessoa moradora e de bem da comunidade”.
“Nós constatamos e temos evidências, provas, que não é bem assim. Inclusive, saliento aqui, que a avó desse menino confidenciou para os policiais que ali estavam, que já sabia, inclusive, que esse menino era envolvido com o crime”, ressalta.
Caso será acompanhado pelo Ministério Público
De acordo com o Comandante, um inquérito será realizado pela Polícia Militar para investigar a situação. O processo será encaminhado à vara da Justiça da Auditoria Militar e, em seguida, passado à Justiça Comum. Todo o processo será sob o acompanhamento do Ministério Público do Paraná (MPPR).
“Se houve excesso, serão plenamente investigados”, afirma Fávero.
