A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, na última segunda-feira (01), o registro da vacina Abrysvo, da empresa Pfizer, criada para combater o vírus sincicial respiratório (VSR), responsável por causar doenças como a bronquiolite. Com foco em diminuir os casos em bebês, a aprovação do imunizante é comemorada por médicos e pais. A vacina também pode ser aplicada em idosos.

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Médico especializado em infectologia pediátrica Victor Horácio de Souza Costa Júnior explica que a bronquiolite é uma doença caracterizada principalmente por chiado no peito, tosse, coriza e, muitas vezes, dificuldade para respirar. “É uma doença que, basicamente, é uma infecção do trato respiratório inferior, grave. Acomete principalmente do nascimento até os seis meses de vida”.

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Costa revela que o tratamento para doença é feito por meio de oxigenoterapia e inalação. O período com mais casos é no inverno, mas o especialista reforça que crianças são diagnosticadas no ano inteiro.

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Pediatra e professora na Universidade Positivo Gislayne Souza Nieto acrescenta que a doença pode evoluir para casos mais graves, causando pneumonia e a necessidade de internamento. “Muitos bebês, inclusive, entram na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”.

Pela gravidade da doença, Gislayne celebra a chegada da vacina ao Brasil. “A gente não tem vacina [para combate da VSR] para crianças. Tem a vacina que já havia sido aprovada para idosos, também aprovada recentemente. E tem o anticorpo pronto para crianças com necessidades especiais, como prematuros, cardiopatas graves e com doenças pulmonares. Tem um anticorpo específico, mas vacina ainda não tínhamos” diz.

Como vai funcionar a vacina contra bronquiolite

A vacina destinada ao combate do VSR será aplicada nas gestantes. “A vacina é para proteger as crianças, mas é feita na gestante. É uma dose única, feita no segundo ou terceiro trimestre da gestação, onde a mãe vai passar os anticorpos contra o vírus via placentária para o neném”, afirma Gislayne.

Costa tem a expectativa de que com a chegada da vacina, os casos de bronquiolite diminuam. “A gestante vai proteger a criança no período em que a doença é mais grave, até o sexto mês de vida, que é onde tem maior mortalidade da doença”, revela.

“Eu não conheço uma vacina que foi implantada no calendário do Ministério da Saúde que a gente não tenha uma eficácia com ela. Foi assim com a Influenza e Covid-19. Hoje a gente não tem paciente internado grave porque tomou vacina. Então esperamos que com a vacina do VSR a gente também tenha queda dos números de internação como foi com influenza, covid e coqueluche”, acrescenta o especialista.

Pais, como Gabriela Fassina Silva, também ficaram satisfeitos com a notícia. Gabriela conta que a filha Catharina foi diagnosticada com bronquiolite recentemente. Na época, a criança tinha três meses e precisou ser internada na UTI. Catharina ficou na UTI do dia 23 de fevereiro até o dia 1º de março. “No dia 27 de fevereiro ela fez quatro meses dentro da UTI”, relembra a mãe. Já recuperada da doença, a bebê se encontra saudável.

Gabriela conta que os sintomas começaram com coriza, tosse e febre. “Eu percebi que a respiração dela não tava muito legal. A gente levou no pediatra e ele internou de primeira, mas desenvolveu e foi muito rápida a bronquiolite, já teve que ser sedada e entubada”.

A mãe de Catharina afirma que no dia do internamento perguntou para o pediatra se não existia uma vacina para a doença e ele disse que estava sendo estudada. Agora, com a aprovação, Gabriela comenta que ficou aliviada. “Principalmente para os próximos bebezinhos. Com certeza com essa vacina vai diminuir muito os casos de bronquiolite”.

Sobre disponibilidade e preços ainda é um pouco cedo para falar. Por enquanto, o imunizante da Pfizer está disponível apenas de forma particular, ou seja, ainda não está no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o infectologista, já é possível achar a vacina em algumas clínicas. O preço está em torno de R$ 1.400.

Como prevenir o vírus sincicial respiratório

Os médicos Victor e Gislayne relembram que além da vacina existem alguns cuidados de prevenção. O infectologista cita três orientações para evitar a infecção. Confira:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete antes de mexer com a criança;
  • Cobrir a boca quando tossir ou espirrar com um lenço de papel e não com a mão;
  • Usar álcool em gel nas mãos antes e depois de entrar em contato com a criança, principalmente se for um paciente infectado.

Além dessas dicas, Gislayne também alerta para a importância de manter o calendário vacinal atualizado contra todas as doenças e recomenda o aleitamento materno. “Acho que são estratégias que a gente já tem contra infecções virais nas crianças, principalmente nas crianças pequenas”, orienta a pediatra.

VSR em idosos

Além dos bebês de até seis meses, idosos também vão se beneficiar da vacina contra o VSR. Costa explica que pessoas com mais de 60 anos vão ter acesso ao imunizante da Pfizer e também da GSK, também aprovado recentemente e voltado apenas para esse grupo.

“Temos que lembrar que a letalidade do vírus sincicial respiratório em idosos é 20 vezes maior do que em criança. Esse risco no idoso até aumenta quando ele tem alguma doença crônica de saúde ou comorbidade. Então é muito importante orientar o idoso também a tomar essa vacina”, alerta o especialista.

O médico reforça que é necessário que pessoas que convivem com idosos também mantenham o calendário vacinal atualizado.

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