Fugiu de Curitiba

Suspeito de comandar golpe bilionário é preso com R$ 5 milhões em hotel em SC

De Curitiba a Santa Catarina: PF prende suspeito de esquema bilionário com falso banco digital
Foto: Divulgação PF

O homem apontado como principal suspeito de manter um banco digital falso e aplicar golpes financeiros com instituições de fachada em Curitiba foi preso. Ele foi encontrado na noite de sábado (06/12), em um hotel de luxo no bairro Ilhota, em Itapema, litoral de Santa Catarina, conforme confirmou a Polícia Federal (PF).

No momento da prisão, realizada por equipes da Polícia Militar (PM), o suspeito estava com diversos celulares e uma quantia impressionante: mais de R$ 5 milhões em dinheiro vivo.

A operação, que recebeu o nome de Mors Futuri e mirou o esquema financeiro fraudulento, começou na quinta-feira (04/12), quando a PF cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em Curitiba, tanto em residências quanto em empresas vinculadas aos investigados. Para garantir futuro ressarcimento às vítimas, a Justiça Federal determinou medidas de sequestro e bloqueio de bens no valor aproximado de R$ 66 milhões, incluindo imóveis e veículos de alto padrão.

Falso banco digital movimentou mais de R$ 1 bilhão

As investigações apontam que o grupo utilizava empresas supostamente do ramo de tecnologia e um falso “banco digital” para atrair investidores. O chamariz era tentador: promessa de rentabilidade fixa, baixo risco e rendimentos superiores à média do mercado.

Durante as diligências, a PF descobriu que os envolvidos movimentaram mais de R$ 1 bilhão através do sistema financeiro nacional – valor que dimensiona o tamanho do esquema fraudulento.

Para dar credibilidade aos ganhos prometidos, os suspeitos alegavam realizar operações no mercado financeiro com os recursos captados, inclusive em plataformas de renda variável. Em alguns casos, chegavam a vincular a captação a supostos algoritmos e programas de “inteligência artificial” para operações financeiras, uma estratégia para impressionar potenciais vítimas.

Suspeito de esquema entrou na lista da Interpol

Durante a operação de quinta, a PF não conseguiu localizar o suspeito. Ele teve prisão preventiva decretada pela Justiça Federal após fugir quando os esquemas começaram a colapsar. Dias antes de cessar os pagamentos, ele realizou transferências de aproximadamente R$ 10 milhões para garantir o proveito dos crimes.

A investigação apontou para a possibilidade do homem ter fugido do país. Por isso, o Poder Judiciário autorizou a inclusão da ordem de prisão dele na Difusão Vermelha da Interpol.

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