Sargento do Exército é executado em casa

O sargento do Exército Maurício de Lara, 46 anos, costumava sair cedo de sua residência, em Colombo, para trabalhar no 20.º Batalhão de Infantaria Blindada (BIB), no Bacacheri.

Ontem, eram 6h30, quando ele abriu o portão de casa, na Rua da Bromélia, no São Dimas, sem imaginar que dois marginais o aguardavam na rua. Quando o sargento entrou no Polo placa ANN-0304, não teve tempo sequer de dar a partida.

A dupla entrou na garagem e efetuou cerca de cinco disparos, com pistola calibre 380. Maurício morreu no banco do motorista. Em seguida, os criminosos fugiram num carro escuro que os aguardava na rua ao lado. Ele é o terceiro militar do Exército assassinado desde agosto.

Familiares da vítima e vizinhos não sabiam explicar o porquê do crime. O único possível motivo apontado pelos conhecidos é uma dívida que o sargento tinha, mas ninguém revelou do que se tratava.

“Nos últimos dias, uns desconhecidos procuraram por ele, mas não o encontraram”, disse um morador, que não quis se identificar. De acordo com os familiares, Maurício não recebia ameaças ou, se recebia, não contava.

Suspeitos

Populares comentaram que dois indivíduos, que não seriam da vila, foram vistos parados na esquina, próximo à casa do sargento, minutos antes do crime. Algumas pessoas que viram os suspeitos foram ouvidas na delegacia do Alto Maracanã e deverão elaborar retratos falados.

Maurício servia há 20 anos no 20.º BIB. Estava no segundo casamento e morava há quatro anos na casa onde foi morto. Vivia com a mulher, dois enteados e um sobrinho.

Exército

Nos últimos meses, este foi o terceiro assassinato envolvendo militares do Exército. Na tarde de 17 de agosto, o reservista Arrison Christofer Gomes, 25, foi morto a tiros na Vila Inês, no Alto Boqueirão. Ele tornou-se reservista após servir no Hospital Geral Militar.

Na manhã de 28 de setembro, o cabo Luiz Carlos dos Santos, 26, foi encontrado morto no Jardim Ipê, em São José dos Pinhais, com um tiro na nuca. Luiz servia no 27.º Batalhão de Logística, no Bacacheri.