Protestos contra o bloqueio de 30% das verbas das universidades públicas, anunciado pelo Ministério da Educação, continuam em Curitiba ao longo desta semana. Os atos devem atingir o ápice na quarta-feira (15), com uma mobilização convocada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), que deve se espalhar por várias cidades do país.

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Na capital paranaense, a quarta-feira terá atos concentrados em frente o Prédio Histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Praça Santos Andrade. A partir das 8h30, entidades e movimentos sociais e da comunidade acadêmica já estarão reunidos no local. Não há previsão de passeatas neste período.

Já à noite, a partir das 18h, haverá um protesto unificado com a UTFPR também na praça – mesmo local onde centenas se reuniram na semana passado para protestar contra os R$48 milhões retirados do caixa da UFPR e outros 43,8 milhões da UTFPR.

Conforme a administração da UFPR, a suspensão de 30% da verba destinada ao custeio da instituição pode afetar drasticamente os serviços e as atividades já a partir do segundo semestre deste ano.

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Outros atos

Depois do protesto solidário com uma campanha de doação de sangue iniciada nesta segunda (13), a alunos da UFPR, a maior universidade pública do estado, estarão espalhados por pontos estratégicos da capital para um ato de repúdio contra os cortes nesta terça (14).

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Organizado pelo Diretório Acadêmicos dos Estudantes (DCE), Programa de Educação Tutorial (PET) e Programas de Pós-Graduação, o movimento “Universidade na rua: Conhecimento contra os cortes na educação” pretende ir para as ruas esclarecer a importância da ciência feita dentro das universidades, a fim de sensibilizar a população em relação aos cortes impostos e de que forma eles vão impactar o dia a dia da universidade. Durante o dia, haverá conversas e entregas de panfleto nas praças Rui Barbosa e Santos Andrade, na Rua XV de Novembro, no Terminal Guadalupe e também no interior das linhas Santa Cândida-Capão Raso, uma das mais importantes da cidade.

Na sexta-feira (17), a universidade prevê ainda a realização de um “grande ato pela educação” na escadaria do Prédio Histórico da UFPR, entre 11 e 13 horas.

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Outras categorias

Aproveitando a mobilização de estudantes e professores das universidades federais, outras categorias também estão planejando manifestações e paralisações para esta quarta-feira, data que está sendo anunciada como dia de Greve Geral em todo o país. Uma das entidades que está programando ações para esse dia é o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), que vai liderar assembleias em diversas empresas da categoria em Curitiba e Região Metropolitana em apoio a Educação Pública e contra a atual proposta de Reforma da Previdência que acaba com a Aposentadoria.

De acordo com o sindicato, cerca de 20 mil metalúrgicos da Renault, Volkswagen, CNH, Bosch, Volvo, Brafer, Pic da Audi e de outras grandes empresas devem participar da mobilização. “A educação pública é a base de tudo no Brasil e não podemos abrir mão dela! Hoje é ela quem atende mais de 90% de toda a população de todas as faixas de idade no país e cortar estas verbas significaria além de um retrocesso muito grande, também um prejuízo enorme para o nosso futuro”, destacou Sérgio Butka, presidente do SMC. Os metalúrgicos também vão participar da mobilização na Praça Santos Andrade, junto com professores, estudantes e demais categorias de trabalhadores.

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