Vistoria

Prédio de apartamento que explodiu não corre risco de cair, afirma Cosedi

Foto: Aniele Nascimento/Arquivo/Gazeta do Povo
Foto: Aniele Nascimento/Arquivo/Gazeta do Povo

O prédio em que houve a explosão de um apartamento sábado (29) no bairro Água Verde, em Curitiba, não corre risco de desabar. Um menino de 11 anos morreu e três pessoas estão internadas em estado grave por causa do incêndio. A informação foi confirmada pelo coordenador técnico da Comissão de Segurança de Edificações (Cosedi), órgão da prefeitura de Curitiba, Marcelo Solera.

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“A estrutura de concreto não foi afetada. Identificamos o risco de desabamento em partes de paredes de alvenaria, que foram afetadas pela explosão, além de forro de gesso, rebocos e janelas de alumínio”, explica Solera.

Para o retorno dos moradores aos apartamentos, a Cosedi está no aguardo de um laudo técnico que é de responsabilidade do condomínio. “A gente vai aguardar que seja passado para nós o laudo técnico pericial para que seja confirmado o que vimos”, ressalta o coordenador. O prédio tem 24 apartamentos onde vivem aproximadamente 50 pessoas.

O síndico do prédio, Agenor Zanatta, assegura que o condomínio também está na pendência do laudo para tentar normalizar a situação. “Dependo desse laudo técnico do engenheiro civil para fazer uma vistoria com a Defesa Civil para fazer a liberação”, destaca.

Na manhã desta segunda (1.°), foi liberado o acesso de um morador por apartamento para pegar pertences pessoais e documentos. A entrada dos moradores foi cheia de emoção pela morte do menino de 11 anos arremessado pela explosão – além de flores, uma carta com uma oração foi deixada em frente ao prédio.

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A expectativa é de que os moradores possam retornar para suas casas ainda essa semana. “Verificando a não existência de qualquer indício de risco estrutural para as pessoas, a nossa intenção é de liberar pelo menos do quinto andar para baixo”, aponta Solera.

Investigação

A Polícia Civil e peritos também foram ao prédio na manhã desta segunda para investigar a explosão. O delegado Adriano Chohfi, da Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (Deam), trabalha com a hipótese de que possa ter havido negligência no manuseio de um impermeabilizante altamente inflamável aplicado no sofá do apartamento.

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Três pessoas seguem internadas após a explosão, duas em estado grave. Na manhã desta segunda, o Hospital Evangélico Mackenzie atualizou as condições clínicas de cada um. O técnico de impermeabilização de sofá Caio Santos, de 30 anos, é o mais grave, com 65% do corpo queimado. Moradora do apartamento, Raquel Lamb, 23 anos, irmã do menino que morreu, teve 55% do corpo queimado. Ambos seguem sedados na UTI. Já o marido de Raquel, Gabriel Araújo, está com 30% do corpo queimado, mas já saiu da UTI e está estável.

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