O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou o Padre de Cascavel, no oeste do estado, Genivaldo Oliveira dos Santos por 21 crimes diferentes, incluindo estupro de vulnerável e tráfico de drogas. Conforme a denúncia, oferecida nesta sexta-feira (03/10), os crimes foram cometidos contra 13 vítimas, com idades entre 12 e 48 anos na época dos fatos.
Genivaldo foi preso em agosto durante uma investigação da Polícia Civil do Paraná por supostos casos de abuso sexual contra jovens. No mesmo mês, ele foi afastado da função de pároco em uma igreja da região, após o surgimento das primeiras evidências de alguns casos.
Conforme o MPPR, na denúncia o órgão detalha oito crimes de estupro de vulnerável, cinco de importunação sexual, dois de violação sexual mediante fraude (um consumado e um tentado), cinco de tráfico de drogas (na modalidade ministrar/induzir e vender) e um de entrega de substância nociva à saúde destinada a fim medicinal.
Além da condenação, o órgão afirma que espera o pagamento de uma indenização como reparação por danos materiais e morais para cada uma das vítimas. Os valores individuais solicitados variam entre R$ 20 mil e R$ 150 mil.
Para o MP, os crimes violam direitos fundamentais, o que causou sérios prejuízos, incluindo a exploração de vulnerabilidades, como socioeconômica, fé e religiosidade, dependência química e de álcool, e sexual.
Desde 15 de setembro, o padre foi transferido ao Complexo Médico Penal (CMP), em Curitiba, onde ele permanece preso.
Investigação pode continuar
Conforme o MPPR, o órgão fez 25 requerimentos para que o caso dê continuidade. À 15ª Subdivisão Policial de Cascavel, o MP pediu para que supostas práticas de charlatanismo e/ou exercício irregular da medicina e violação sexual mediante fraude por parte do padre afastado seja apurada.
Ao Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) de Cascavel, o órgão pediu a continuidade das investigações para apurar uma suposta prática de crime contra a dignidade sexual, que teria ocorrido em um seminário no município, com suposta participação de outro investigado. De acordo com o MP, também foi solicitado que a Delegacia de Polícia de Campo Mourão apure outros crimes contra a dignidade sexual.
A Tribuna do Paraná tenta identificar a defesa do padre.



