Comerciantes da Rua Fagundes Varela, entre a México e Lange de Morretes, no Jardim Social, precisam exercitar a paciência e achar novas soluções para que os negócios não esfriem durante as obras de revitalização da via, iniciadas no começo de julho. Entregas a domicílio e contato maior com a clientela têm salvado as vendas nos últimos meses.
Valdomiro Voronovisc trabalha num açougue na Fagundes Varela há quase 10 anos. Ele conta que desde que a obra chegou próximo à casa de carnes, o movimento caiu cerca de 80% no balcão. “O pessoal pensa duas vezes antes de vir aqui. Não tem onde estacionar e até pra vir a pé é complicado, porque tem muita máquina, pedra, e as calçadas estão desmontadas”, afirma. “Como temos clientela cativa, estamos ligando para todos e oferecendo entrega em casa”, revela.
Rogério Farias, dono de uma sapataria no local há mais de 10 anos, também está partindo para o contato mais próximo com os clientes. “O movimento caiu cerca de 40% e tivemos que tomar uma atitude. Estamos entregando em casa e buscando, se for preciso. E também avisando os clientes onde fica fácil para estacionar. Temos que apresentar solução aos clientes e ter paciência”, comenta.
Nada mudou
Se para a maioria dos comerciantes da região as obras da Fagundes Varela estão dificultando os negócios, para alguns deles a reforma nada mudou no dia a dia. Dona de pequena distribuidora de bebidas, Neide de Olveira diz que o movimento não caiu com as obras. “Como a maioria dos meus clientes mora perto e vem a pé, o movimento continua o mesmo.
Estão previstas a troca de asfalto e novas calçadas nos dois lados. Além disso, obras de drenagem, calçamento e de melhoria da iluminação também estão sendo feitas. Segundo a prefeitura, o cronograma da reforma está em dia e as obras devem terminar em março do ano que vem.