Nem creches escapam da violência no bairro Tatuquara

Além de lojas e residências, creches e escolas têm sido alvo frequente de “delinquentes juvenis”, como define um leitor, que preferiu não se identificar. Ele enviou para a Tribuna o flagrante de um arrombamento a uma loja de utilidades domésticas, na Rua Odir Gomes da Rocha, na terça-feira.

Desde sexta passada, dois Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), mantidos pela prefeitura, foram invadidos pelos delinquentes. A creche Erondy Silvério foi arrombada três vezes em quatro dias. Na sexta-feira passada, os criminosos depredaram salas e as aulas foram suspensas. No domingo e na segunda-feira, o bando atacou novamente. O CMEI Maria Gracita, também foi arrombado no domingo.

De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), três adolescentes foram detidos pela Guarda Municipal.

Terceirizados

Para o leitor, a falta de policiamento ostensivo no Tatuquara, principalmente à noite, facilita a ação dos criminosos. Segundo o Sismuc, a segurança nas creches municipais é feita por empresa de segurança, contratada pela prefeitura. Nas três invasões ao CMEI Erondy Silvério, mesmo com o acionamento do alarme, a empresa terceirizada só foi ao endereço, depois que servidores telefonaram. Pelo contrato, a empresa deveria chegar em até 12 minutos depois do alarmes.

O coordenador do Sismuc, Juliano Soares, critica a terceirização. “A Guarda Municipal tem todas as condições de fazer este monitoramente 24 horas, por câmera e sensores de alarme”, critica.