Mata aposentado e tenta simular suicídio

O autor do assassinato do aposentado Gildo Pasquim Ribeiro, 48 anos, morto na tarde de ontem, em Fazenda Rio Grande, tentou simular suicídio, mas a farsa foi facilmente descoberta pela polícia. Ainda não há pistas sobre o criminoso, e há a hipótese que seja conhecido da vítima. O caso está sendo considerado latrocínio (roubo com morte), porque alguns objetos de valor sumiram da residência do aposentado.

Gildo foi encontrado morto em sua casa, na Rua das Oliveiras, no Jardim Eucaliptos, pelo filho adotivo, Anderson Ferreira Silva, por volta das 14h. O jovem, que todas as tardes ia tomar chimarrão com o pai, estranhou a casa toda aberta. Logo, viu Gildo deitado na cama, com um tiro na cabeça. “O corpo ainda estava quente. Achei que podia salvá-lo e chamei o Siate”, disse o filho.

Farsa

Embaixo do travesseiro, a polícia encontrou uma carta, como se fosse uma mensagem suicida, datada de segunda-feira. Além de estranhar a data, Anderson constatou que a letra não pertencia a seu pai. “Ele fazia tratamento para depressão e estava bem melhor. Tanto que o médico até diminuiu a medicação. Meu pai é crente, muito influente em sua igreja, e ainda ontem à noite o encontrei. Ele estava bem”, alegou Anderson.

O perito Silvestre Ornellas também afastou a possibilidade de suicídio. Segundo ele, Gildo foi morto com um tiro na cabeça, acima da orelha, mas numa região do crânio onde a pessoa, sozinha, não consegue alcançar uma arma e atirar. Além disso, não havia arma perto do corpo. Ele também apurou que o assassino encostou um travesseiro na cabeça da vítima, para abafar o som do tiro. Havia grande quantidade de pólvora no travesseiro.

Segundo Anderson, seu pai tinha boa quantia na carteira, encontrada aberta e sem o dinheiro. Também foi levado o celular e a moto Broz placa AMO-2746, pertencente à vítima. Acredita-se que o crime tenha sido cometido por alguém que conhecia a vítima e a casa, pois a residência não estava revirada.