“É um cenário de guerra com as crianças no colo dos pais”, assim definiu Nicolly de Brito, ao ficar sete horas na Unidade de Pronto Atendimento Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O caso ocorreu na segunda-feira (22). 

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Nicolly estava acompanhado do filho que não entrou no grupo de prioridade no atendimento por não estar com febre acima de 39ºC. “Quando cheguei na parte da triagem tinha 57 crianças na frente e depois passou de 100. Fiquei quase sete horas na UPA, eram cinco pediatras e muita gente”, disse a mãe que chegou em casa na madrugada da terça-feira (23) após o filho ser diagnosticado com desidratação. 

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Ainda segundo a Nicolly, o que deixou as pessoas revoltadas foi a demora de uma consulta a outra. “Entra o paciente e sai com a receita na mão. Aí o próximo demora meia hora para entrar na sala do médico. Não entendo isso, é tempo demais. O que eles fazem sozinho? Não percebem que a gente está preocupada com os nossos filhos que estão doentes. O cenário é de guerra”, desabafou a mãe que também percebeu lotação no atendimento dos adultos. 

E aí prefeitura?

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A prefeitura de São José dos Pinhais, por meio da Secretaria de Saúde (Sems), informou que todos os pacientes que chegaram à UPA Afonso Pena na última segunda-feira (22) e receberam classificação de urgência e emergência foram prontamente atendidos pelas equipes médicas. “Em virtude do alto fluxo, os pacientes classificados com as cores verde (pouco urgente) e azul (não urgente) também receberam atendimento necessário, porém, com um tempo maior de espera. O município reitera o compromisso em priorizar o bem-estar e a segurança de todos os pacientes, buscando sempre oferecer a melhor assistência possível.

Outros pontos problemáticos

O problema nas Upas não é somente no Afonso Pena. Diante da demanda causada pelo crescimento de casos respiratórios, suspeitas de dengue e acidentes, Curitiba adotou um plano de contingência ampliando a carga horária dos médicos e expandiu o sistema do teleatendimento.

Na capital, foram abertos 150 novos leitos emergenciais em hospitais, sendo que nos últimos 15 dias, foram abertos 48 leitos de enfermaria pelo Instituto de Medicina e 20 leitos de UTI, sendo dez no Hospital Municipal do Idoso e dez no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie.

Na semana passada, foram abertos outros 22 leitos de enfermaria, sendo 12 no Hospital do Bairro Novo e dez na Santa Casa de Colombo, na Região Metropolitana, em uma parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Para essa semana, serão realocados 20 novos leitos de enfermaria na Santa Casa de Colombo.

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