Morador de Curitiba, o economista Kenedy Camargo, de 25 anos, estava prestes a realizar o sonho de fazer mestrado em Portugal. Com as malas feitas e já a caminho do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, ele reparou que havia esquecido o rosário. Não querendo viajar sem o objeto religioso, resolveu voltar para casa e buscar o item. No entanto, ao chegar na residência no Guabirotuba, ele encontrou o portão arrombado e a casa toda revirada.
Conforme o boletim de ocorrência, toda a situação aconteceu na manhã de quinta-feira (25/09). Kenedy conta que o horário do voo estava programado para às 14h. Por volta das 10h, ele tinha terminado de arrumar as malas e colocado a bagagem no carro. O jovem afirma que se tratava de uma viagem importante para Coimbra que duraria dois anos.
Com tudo pronto, ele e o esposo saíram de casa e seguiram para a residência de dois amigos, que iriam acompanhá-los até o aeroporto. Cerca de dez minutos depois, ao encontrarem os amigos, Kenedy lembrou que tinha deixado sua guia de proteção e um rosário.
Ele contou aos amigos que não queria pegar o avião sem os amuletos e, por isso, decidiu retornar para buscá-los. Ao voltar, Kenedy se recorda de ter levado um susto ao ver a casa arrombada. “Quando eu entrei, já não estavam mais aqui”, afirma.
Ação durou menos de 20 minutos
Kenedy estima que o furto durou menos de 20 minutos, pois foi o tempo que ele levou para ir e voltar da casa dos amigos. Apesar da câmera de segurança de fora ter sido quebrada pelos suspeitos, imagens registradas por câmeras dos vizinhos mostram que o crime contou com a ação de dois homens que estavam em um carro HB20. Câmeras internas também mostraram a ação criminosa.
“Um arrombou o portão. O outro colocou o carro dentro da garagem para conseguir carregar as coisas, mas não desceu do carro”, explica o economista.
De acordo com Kenedy, a dupla levou caixas de joias, perfumes importados e muitos eletrônicos, incluindo três televisões, computadores, videogame, entre outros equipamentos instalados em uma sala de jogos. “Tudo que era possível carregar num carro, eles carregaram. Eu acredito que o prejuízo passe de uns R$ 30 mil tranquilamente”, relata.
O economista comenta que ao rever imagens de câmeras de segurança, reparou que no momento em que estava colocando as malas no carro, um veículo semelhante ao usado pelos criminosos passou na frente da casa e, em seguida, deu uma volta na quadra.
Apesar da situação, Kenedy afirma que não conhece o suspeito que aparece nas imagens internas furtando uma televisão. Assista abaixo:
A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil do Paraná (PCPR), mas até a publicação não teve retorno.
Tentativa de golpes na internet
Após o estresse vivido, o marido de Kenedy publicou nas redes sociais as imagens que o casal tem do crime com o objetivo de que alguém pudesse ajudar com alguma informação. O economista alerta que, após isso, o casal passou a receber ligações e mensagens de pessoas dizendo que conheciam alguém que teria comprado um dos objetos roubados.
Porém, para que eles pegassem de volta, teriam que pagar o valor que a pessoa tinha pago pelo objeto e o valor da gasolina para que eles pudessem entregá-los. “A polícia explicou para gente que eles fazem isso para arrecadar PIX. Eles veem que a pessoa está numa situação de desespero, assustada com o que aconteceu, e tentam lesar mais ainda a pessoa”, explica.
Após ter casa furtada, economista adiou mestrado
Diante de todo o caos vivido, Kenedy revela que o mestrado em métodos quantitativos precisou ser adiado para o próximo semestre. Segundo ele, não é possível deixar o companheiro sozinho nessa situação.
“Agora é trabalhar, né? Eu tive que entrar em contato com os meus coordenadores lá do mestrado e pedir essa postergação, porque realmente seria inviável partir agora tendo os custos que eu vou ter no Brasil e tendo os custos que eu vou ter lá”, afirma.
O desejo de Kenedy é que a polícia faça o trabalho e que os responsáveis paguem pelo que fizeram, para que o mesmo não aconteça com outras pessoas. “Isso aconteceu às 11h, literalmente, a luz do dia, com várias pessoas passando na rua. O que poderia acontecer mais em outras condições?”, questiona.
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