Caso Tayná

Família dona do parque de diversões é indiciada pela morte de Tayná

O dono do parque de diversões onde trabalhavam os quatro suspeitos da morte de Tayná Adriane da Silva, 14 anos, em Colombo, e o casal de filhos dele foram indiciados pelo homicídio da adolescente. A informação foi dada pelo advogado Roberto Rolim de Moura Junior, que defendia os detidos, mas não foi confirmada pela polícia.

O delegado Guilherme Rangel, que assumiu o caso na semana passada, deve encerar o inquérito entre hoje e amanhã. O secretário da Segurança Pública, Cid Vasques, pediu rapidez nas investigações, que podem ter um desfecho diferente nesta semana, quanto à participação de na morte de Tayná.

Livres

O Ministério Público pediu ontem a soltura de Sérgio Amorim da Silva Filho, 22, Paulo Henrique Camargo Cunha, 25, Adriano Batista, 23, e Ezequiel Batista, 22. Os quatro devem ganhar a liberdade ainda hoje. O pedido foi feito pelos promotores de Justiça Ricardo Casseb Lois e Paulo Sérgio Markowicz de Lima, que atuam no caso.

Segundo o MP, não há mais necessidade de os suspeitos ficarem preso. “O pedido de liberdade está fundamentado no fato que os acusados já foram interrogados várias vezes no inquérito policial e cederam material genético para confronto com evidências”, explica a nota divulgada pelo MP. “Para os promotores de Justiça, as provas que existem contra os acusados no inquérito, até o momento, não são suficientes para iniciar o processo criminal”, completa a nota oficial. O MP também diz que os detidos não demonstraram “sinais de periculosidade”.

Proteção

A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil seção Paraná (OAB) vai entrar com pedido para que o Estado dê proteção aos quatro, assim que deixem a Casa de Custódia de Curitiba. “Eles são pessoas simples, ser recursos. Acredito que o Estado tem obrigação de garantir a integridade física deles”, disse a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos nacional da OAB, Isabel Kügler Mendes.

O caso já teve dois delegados afastados, interdição da Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, e ganhou reforço nas investigações com envolvimento do Ministério Público, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Corregedoria da Polícia Civil para apurar denúncias de tortura que os suspeitos teriam sofrido para confessar o crime, além de maus-tratos em três delegacias.

Crime

Tayná foi encontrada morta no dia 28 de junho, três dias depois de ter desaparecido, no bairro São Dimas, em Colombo. O corpo da adolescente foi achado por moradores, dentro de um poço, em um terreno baldio, perto do parque onde os quatro suspeitos trabalhavam. O quarteto foi preso na quarta-feira, um dia após o registro do desaparecimento. Inicialmente, os jovens foram acusados de estupro, mas exames periciais comprovam que o esperma encontrado na vítima não é de nenhum deles. Mesmos assim, logo que foram detidos, confessaram ter estuprado e matado a garota e enterrado o corpo.