Após Erastinho

Erasto Gaertner se estrutura para ser maior centro de transplantes de medula do país

Obra do novo centro de transplantes de medula óssea do Erasto Gaertner. Foto: Camila Zaleski/Erasto Gaertner

A inauguração, em setembro de 2020, do Erastinho – primeiro hospital pediátrico especializado em câncer infantil no sul do Brasil – abriu caminho para mais uma marca a ser conquistada pelo Hospital Erasto Gaertner: se tornar o maior Centros de Transplantes de Medula Óssea (TMO) do país em atendimentos por ano.

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Transferida para o novo prédio de quase 5 mil m2, a então ala pediátrica deixou de ocupar um espaço de 1.300 m2, que começou a ser reformado ainda em setembro, para passar a abrigar o novo centro de TMO.

“O aumento da capacidade para transplantes de medula já era uma demanda de muito tempo e faz parte de um planejamento de renovação pelo qual o hospital vem passando nos últimos anos, do qual o Erastinho faz parte”, afirma Adriano Lago, superintendente do Hospital Erasto Gaertner.

A inauguração da nova ala está prevista para o fim de janeiro de 2021, quando então a instituição passará de 7 para 25 leitos dedicados à especialidade. Contando com os outros 5 leitos infantis localizados no hospital pediátrico, o hospital filantrópico vai passar então a ser o maior serviço de TMO do país em número de atendimentos.

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“Hoje recebemos pacientes não só da região de Curitiba, como do interior do Paraná, de Santa Catarina, do Mato Grosso. Já somos uma referência, e as ampliações devem reforçar ainda mais essa imagem, nacional e internacionalmente”, afirma Mara Pianovski, diretora do Hospital Erastinho.

O investimento na reforma é de R$ 5,5 milhões, que foram captados por meio do Paraná Competitivo, programa de incentivos fiscais do governo do estado. O projeto contará com recepção, ambulatórios, hospital dia e os leitos dedicados.

“É importante lembrar que não falamos só de ampliação da estrutura física. Quando a gente tem uma estrutura focada em uma linha de trabalho, temos também equipes especializadas nisso. O paciente de transplante é sempre mais complicado, e quando temos uma equipe multidisciplinar acostumada a lidar só com isso, a qualidade do serviço aumenta muito”, diz Antonella Zanette, médica que é atualmente responsável pelo Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital Erastinho.

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Entre os pontos destacados pela médica está a utilização de filtros Hepa (High Efficiency Particulate Arrestance) que filtram até 99% das partículas do ar, em todo o centro, permitindo que os pacientes transplantados – e que, por isso, têm as imunidades temporariamente comprometidas – possam circular por toda a ala, não ficando restritos aos quartos.

O Hospital Erasto Gaertner é uma instituição filantrópica de saúde, e tem, atualmente, mais de 85% dos seus atendimentos feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).