Xô, mosquito!

Dez armadilhas pra fazer em casa contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue!

dengue curitiba
Foto: Lucilia Guimarães/SMCS

Com o aumento no número de focos de Aedes aegypti, Curitiba adota nova estratégia para intensificar as ações de combate ao mosquito, transmissor de doenças graves como dengue, zyka e chikungunya. A partir desta quinta-feira (17), os agentes de combate às endemias do Programa Municipal de Controle do Aedes iniciam a instalação de ovitrampas em todas as regionais da cidade.

São armadilhas construídas com vaso de planta preto, preenchido com água – elemento atrativo para o mosquito -, que fica posicionado em um local e simula o ambiente perfeito para a procriação do inseto. Dentro do recipiente, há uma palheta de madeira que facilita que a fêmea bote os ovos.

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Uma vez por mês os agentes de endemias irão instalar 300 armadilhas como essas, distribuídas em todos os bairros. Quatro dias depois, as equipes retornar aos locais para recolher as armadilhas. 

Após a coleta, os ovos serão enviados para análises laboratoriais, para verificar se é Aedes aegypti ou outra espécie de mosquito. Também será realizada a contagem de ovos encontrados, para ser possível estimar a população do mosquito em um raio de nove quarteirões. No mês seguinte, o processo será repetido em novos endereços.

A análise será feita em parceria com a Universidade Federal do Paraná  (UFPR), que irá emprestar o laboratório de entomologia para que os biólogos da SMS possam fazer a avaliação do material. 

Até o fim de fevereiro, os agentes de endemias da SMS encontraram na cidade 218 focos do mosquito, quase três vezes mais que no ano passado, quando foram encontrados 80 focos.

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A pesquisa é fundamental para monitorar em tempo real o comportamento do mosquito e tornar mais efetivo o controle do vetor. A estratégia terá duração de 12 meses.

O uso das ovitrampas vem somar às ações já adotadas na cidade para o controle do mosquito, como os mutirões de limpeza, o monitoramento de pontos estratégicos e a instalação das armadilhas larvitrampras, ações educativas e de bloqueios e as inspeções de rotina.

Curitiba sem Mosquito

Desde de 2017, ação conjunta entre as secretarias municipais da Saúde e do Meio Ambiente coletou 4.162 toneladas de lixo e entulho nas dez regionais por meio do programa Curitiba sem Mosquito. Neste ano, já foram realizados quatro mutirões de limpeza.

Sazonalidade

Em períodos chuvosos e com temperaturas mais altas, os trabalhos devem ser intensificados, pois essas são as condições que favorecem a procriação do mosquito. Embora o cuidado deva ser constante, a coordenadora do programa municipal de Controle do Aedes, Tatiana Faraco, ressalta a importância de reforçar os cuidados nessas estações.

“O monitoramento tem que ser minucioso e periódico, ao menos uma vez por semana. Todo objeto que possa acumular água, seja ele grande, como restos de construções, ou pequeno, como tampinhas de garrafa, não deve ficar a céu aberto, deve ser guardado em locais secos e virados para baixo”, orienta Tatiana.

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Segundo ela, 60% dos focos positivos identificados em Curitiba, foram encontrados em residências, o que demonstra a necessidade de que a população faça sua parte.

“Por mais que a Prefeitura faça o trabalho, a população precisa colaborar e manter a rotina de inspeção nos seus espaços. Não temos condições de estar todos os dias em todos os locais, e o mosquito se prolifera muito rápido, em média em uma semana”, explica.

Outro motivo de alerta é o perfil do ciclo dessas doenças, Tatiana explica que as arboviroses como a dengue, zyka e chikungunya são doenças que circulam mais intensamente nos períodos de calor. 

“Em 2015 a cidade viveu um grande aumento de casos, inclusive com o registro de casos autóctones. Com todas as ações adotadas, conseguimos controlar a doença. Nossa preocupação e trabalho é para evitar que o cenário volte a se repetir, mas a população precisa fazer sua parte”, diz Tatiana.

Dez armadilhas contra o Aedes aegypti

1 – Mantenha bem tampados: caixas, tonéis e barris de água.
2 – Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre bem fechada.
3 – Não jogue lixo em terrenos baldios.
4 – Se guardar garrafas de vidro ou plástico, mantenha sempre a boca para baixo.
5 – Não deixe a água da chuva acumular sobre a laje.
6 – Encha os pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda.
7 – Se guardar pneus velhos, retire toda a água e mantenha-os em locais cobertos, protegidos da chuva.
8 – Limpe as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas possam impedir a passagem da água.
9 – Lave com frequência, com água e sabão, os recipientes usados para guardar água, pelo menos uma vez por semana.
10 – Os vasos de plantas aquáticas devem ser lavados com água e sabão, toda semana. É importante trocar a água desses vasos com frequência.

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