Moradores e comerciantes do Jardim Iguaçu I, em Fazenda Rio Grande, reclamam do aumento de assaltos na região. A proprietária de um mercadinho na Rua Rio Juriá, Cleide Constantino Amorim, 33 anos, conta que só este ano teve o estabelecimento roubado oito vezes. “A última foi na segunda-feira, perto da hora do almoço. Liguei três vezes para a polícia e não veio ninguém. Eles só perguntam o que os ladrões levaram e ficou por isso mesmo”, desabafa.
Cansaço
Cleide diz que já cansou de esperar por policiamento e está tirando do próprio bolso para investir em segurança. “Mandei colocar grade na frente do mercado e tranco a porta com cadeado durante o dia. Na segunda-feira, vou mandar instalar um portão eletrônico, para facilitar o atendimento aos clientes”, comenta. Ela lembra que a dona de outro comércio próximo cansou dos prejuízos da onda de assaltos e fechou as portas.
Outro comerciante, dono de uma mercearia na mesma rua, Osvaldo Liberalino, 61, mantém o estabelecimento há 13 anos e, até 2009, tinha sido assaltado duas vezes. “Neste ano, eu não sei o que aconteceu aqui na região, nós já fomos roubados três vezes no primeiro semestre. Só esta semana, três casas aqui perto foram roubadas durante o dia”, conta.
Sem hora
Os dois comerciantes revelam que os bandidos chegam a qualquer hora do dia, armados, são agressivos, fazem ameaças e levam dinheiro, mercadorias e pertences de quem estiver no local. A ação normalmente é bem rápida e eles acreditam que haja alguém de carro dando cobertura, porque quando chegam à porta do comércio, os ladrões já desapareceram.
Violência
O tenente Luciano Rasera, da 4.ª Cia. do 17.º Batalhão, declarou que vai verificar se houve falha no atendimento solicitado por Cleide. Ele informou que o índice de roubos e arrombamentos em Fazenda Rio Grande aumentou perto de 15% nos últimos seis meses. Ele comentou que o crescimento desordenado do município também contribui para o aumento da violência.
“No fim do ano passado, tivemos acréscimo de 18 homens no nosso efetivo. Atualmente, o município e região contam com mais de 30 policiais”, justifica. O tenente pede à população que registre qualquer ocorrência, porque só assim é possível direcionar policiamento maior às áreas mais violentas.