Cúpula da FAO termina sem resultados concretos

Marcada pela indiferença dos países ricos, a Conferência Mundial contra a Fome no Mundo, organizada pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) não trouxe resultados concretos, decepcionando a maioria dos países participantes.          Encerrada hoje em Roma, a reunião não contou com a presença dos chefes de Estado e Governo dos países ricos, com exceção da Itália, país sede, e da Espanha, que detém a presidência da União Européia.

O diretor-geral da FAO, o senegalês Jacques Diouf, afirmou que não pode aceitar que a conferência não tenha dado resultados. ?Informamos sobre os problemas e suas possíveis soluções?, assegurou, no encerramento da cúpula.

Diouf cobrou da comunidade internacional o compromisso de reduzir à metade os 800 milhões de famintos até o ano de 2015. ?Iniciamos uma corrida contra o tempo. Juntos venceremos a batalha contra a fome, a pobreza, o egoísmo e o ceticismo.?

O diretor-geral da FAO lançou um novo e dramático apelo para que as nações participantes contribuam para reunir US$ 24 billhões anuais, necessários para alcançar esse objetivo, segundo os cálculos das Nações Unidas. Cerca de US$ 5 bilhões iriam para a ajuda alimentícia direta e o restante para desenvolver a agricultura nos países do Terceiro Mundo. ?A primeira prioridade é que os agricultores possam alimentar suas famílias. Após isso, pode-se pensar nos excedentes para a venda e exportação.?

Apesar da presença de cerca de 80 líderes mundiais, a ausência de governantes das potências ocidentais fez aumentar as denúncias de que as nações industrializadas eram indiferentes ao problema da fome no mundo.

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