Criminosos incendeiam dois ônibus e um carro no Rio

Armados de fuzis e pistolas e encapuzados, criminosos incendiaram três veículos – dois ônibus e um carro de passeio – e atearam fogo em pneus e caixotes nas ruas de acesso ao Morro da Mangueira (zona norte), onde a Polícia Civil deflagrou uma operação que resultou na morte de três traficantes. Em meio ao violento tiroteio, que durou 30 minutos aproximadamente, a polícia interditou as vias que margeiam a favela para evitar que motoristas e transeuntes fossem atingidos por balas perdidas. Por ordem do tráfico, o comércio da redondeza fechou as portas.

Os moradores disseram que os policiais, na verdade, mataram pelo menos quatro pessoas inocentes, entre as quais uma criança. Responsável pela operação, o delegado Rodrigo Oliveira, titular da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), negou a acusação. "É a arma que eles têm. Podem dizer o que quiser.

A operação, realizada em três horas, teve como objetivo cumprir seis mandados de prisão contra seis ladrões de cargas que se refugiam na Mangueira sob proteção dos traficantes. Nenhum deles foi detido. A quadrilha age nos bairros da zona norte, principalmente na Penha, Benfica e Leopoldina.

Com o auxílio de um helicóptero, cem agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core)da Polícia Civil ocuparam todos os acessos do morro por volta de 9 horas. Os criminosos reagiram com tiros. Por rádio, deram ordem para que traficantes da Favela do Tuiuti incendiassem ônibus para desviar a atenção dos agentes, contou o subdiretor de Polícia Especializada, Eduardo Freitas. Tuiuti e Mangueira são favelas vizinhas e dominadas pela facção criminosa Comando Vermelho (CV).

Os criminosos atearam fogo em pneus e caixotes na Rua Ana Nery, incendiaram um Chevette na Rua Visconde de Niterói, e dois ônibus (das linhas 474 (Jardim de Alá-Jacaré) e 624 (Praça da Bandeira – Mariópolis) na Rua São Luiz Gonzaga. As vias margeiam o Morro da Mangueira. Acionada, a Polícia Militar reforçou a segurança no local.

A polícia identificou apenas um dos três mortos: Adriano da Silva, de 30 anos. Todos morreram a caminho do Hospital Souza Aguiar, no centro da cidade. A polícia informou ter encontrado com eles duas pistolas, um revólver, um fuzil e seis carregadores. Apreendeu ainda na favela três rádios, um cordão de ouro, 1. 300 sacolés de crack, um pé de maconha e duas balanças de precisão.

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