Criciúma se supera e empata com Santos: 1 a 1

Para quem esperava um jogo de um time só, o empate por 1 a 1 entre Santos e Criciúma, neste domingo, no Estádio Heriberto Hülse, em Criciúma (SC), superou as projeções. O confronto esteve longe de ser brilhante, mas valeu pela determinação do time da casa, que apenas luta contra o rebaixamento, teoricamente atuou num esquema defensivo, mas jogou de igual para igual com o líder do Campeonato Brasileiro.

Com futebol bem aquém do que costuma apresentar, o time de Vanderlei Luxemburgo pagou por seus erros e perdeu a liderança da competição para o Atlético-PR – foi a 73 pontos, contra 75 da equipe do Paraná. Mas os santistas consideraram como muito bom o resultado em Santa Catarina, tendo em vista que atuaram com um homem a menos em boa parte do segundo tempo, após a expulsão de Preto Casagrande. “Se tivéssemos ficado com onze em todo o segundo tempo, talvez conseguíssemos a vitória. Mas o empate valeu, por tudo o que aconteceu em campo”, disse o santista Paulo César.

É certo que os visitantes sentiram muito a falta de Robinho, seu principal atacante, que ficou fora do jogo em razão do seqüestro de sua mãe, na noite de sábado, na Praia Grande. Mas o Criciúma surpreendeu e começou com mais vontade e até rondou a área do Santos nos primeiros minutos, mas não conseguiu finalizar. Os paulistas não perdoaram: na primeira descida, abriram o placar. Aos 6 minutos, Zé Elias lançou Basílio, pela direita, que bateu cruzado e venceu o goleiro Roberto.

O time de Vanderlei Luxemburgo não teve nem tempo de festejar, pois logo em seguida sofreu o empate. Saulo fez passe preciso para o lateral Ângelo, que achou o espaço entre os zagueiros, apareceu frente à frente com Mauro e decretou a igualdade. O confronto ficou equilibrado, pois apesar de o time da casa atuar com três zagueiros, três volantes e apenas um homem de frente, não renunciou ao ataque. Geninho pegou o rebote de falta cobrada por Paulo César, mas bateu em cima do goleiro santista.

Os visitantes só ameaçaram aos 41, quando Preto Casagrande tentou cruzar da direita e quase surpreendeu Roberto, que se esticou para espalmar pela linha de fundo. O goleiro catarinense também trabalhou cinco minutos depois, no chute forte de André Luís, na cobrança de falta.

Os dois times caíram de produção no segundo tempo, que foi bem menos emocionante. Com Elano e Ricardinho – só notado no gramado a cinco minutos do fim, quando simulou uma falta e recebeu cartão amarelo – em tarde pouco inspirada, o Santos quase não ameaçou Roberto. A situação ficou mais complicada aos 18 minutos, quando Preto Casagrande deu um carrinho frontal em Geninho e recebeu o cartão vermelho. O santista, que entrou no lugar de Zé Elias, ficou em campo apenas 25 minutos.

O Criciúma lamentou não ter aproveitado a vantagem numérica e terá de se empenhar para fugir da ameaça do descenso. “No segundo tempo, quisemos resolver tudo de forma individual” comentou Marcos Denner.

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