CPI e OAB discutem relações de advogados com crime

Os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas vão se reunir hoje, às 11 horas, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília, para discutir a realização de uma audiência pública sobre o envolvimento de advogados com o crime organizado. Deverão participar da audiência o presidente nacional da OAB, Roberto Busato, e o presidente da OAB-São Paulo, Luiz Flávio Borges D’Urso.

Os parlamentares acreditam que os advogados Maria Cristina de Souza Rachado e Sérgio Weslei da Cunha – acusados de comprar gravação de depoimentos sigilosos da comissão – sejam integrantes do organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Os advogados teriam repassado as gravações ao líder da facção, Marcos Camacho, o Marcola, que será ouvido por integrantes da CPI nesta quinta-feira (8) no presídio de Presidente Bernardes (SP). As gravações teriam sido compradas de Artur Vinícius Pilastre Silva, técnico encarregado de gravar a reunião e que confessou ter vendido o áudio. Ele era prestador de serviço da Câmara por meio de uma empresa terceirizada.

Segundo o presidente da CPI, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), esse repasse de informações privilegiadas não foi a causa dos ataques que São Paulo sofreu em maio. No entanto, ele acredita que isso "pode ter sido um item a mais a motivar a fúria dos presos".

Também deverão ser discutidas na reunião a relação entre advogados e clientes, a entrada desses profissionais em presídios e a necessidade de revista em todos.

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