CPI dos Correios pode se estender até fevereiro

Brasília (AE) – Os trabalhos da CPI dos Correios poderão ser prorrogados até fevereiro do ano que vem. A avaliação é que dificilmente a comissão de inquérito conseguirá terminar o trabalho de análise de toda a movimentação financeira do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza até o dia 15 de dezembro, prazo previsto para o término da CPI. Relatório parcial da Comissão aponta que, nos últimos cinco anos, oito empresas de Marcos Valério movimentaram R$ 4,9 bilhões.

"Acho muito difícil conseguirmos terminar tudo até o dia 15 de dezembro", admitiu ontem o sub-relator de movimentações financeiras da CPI, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR). Para agilizar as investigações, o presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), decidiu contratar auditoria externa que vai se dedicar a esmiuçar os contratos firmados por Marcos Valério com empresas privadas e os dados com a quebra de sigilo de fundos de pensão. Integrantes da CPI suspeitam que empresários tenham usado as contas de Marcos Valério para repassar recursos para campanhas eleitorais. "A auditoria vai ajudar os trabalhos da CPI", afirmou Delcídio.

Na próxima terça-feira (20), a CPI dos Correios, a do Mensalão e a dos Bingos vão ouvir o depoimento do doleiro Antonio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona. O doleiro já deu um depoimento à CPI dos Correios, em São Paulo, quando afirmou saber de operações financeiras suspeitas que teriam sido realizadas por José Dirceu, Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT) e o deputado José Janene (PP-PR). Na quarta-feira, dia 21, o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, será ouvido pela CPI dos Correios e a do Mensalão.

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