Coronel uruguaio que seria julgado comete suicídio

O coronel da reserva Juan A. Rodríguez Buratti, acusado de participar de violações aos direitos humanos durante a ditadura uruguaia (1973-1985), cometeu suicídio ontem quando efetivos da polícia foram buscá-lo em seu domicílio. O chefe de relações públicas do Exército, coronel Ricardo Molina, apenas confirmou que "Buratti faleceu". "Não temos maiores detalhes, mas Rodríguez Buratti faleceu no hospital militar para onde foi levado para ser atendido", afirmou o porta-voz.

De acordo com versões da mídia uruguaia, o coronel da reserva se matou em sua casa, em Montevidéu, quando policiais foram buscá-lo para levá-lo detido por decisão do juiz Luis Charles. Buratti deveria ser transportado ao comando do Exército, onde passaria a noite antes de ser dirigido hoje ao tribunal, mas deu um tiro na cabeça antes de ser levado pelos agentes.

O magistrado começou hoje a tomar declarações de vários militares e policiais da reserva e denunciados em casos de seqüestros e desaparecimentos de pessoas em Buenos Aires durante a ditadura. O coronel Buratti era acusado, entre outros delitos, de estar envolvido no seqüestro e assassinato em 1976 de María Claudia García, nora do poeta argentino Juan Gelman.

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