Copom reafirma em ata convicção de etapas adicionais de alta de juro

Diante da possibilidade de que a dinâmica recente dos preços ao consumidor representasse de fato um agravamento dos riscos à convergência da inflação para a trajetória das metas, o Comitê de Política Monetária (Copom) examinou a conveniência de acelerar o ritmo do ajuste da taxa de juro de juros. Mas houve consenso entre os membros do Comitê de que os dados disponíveis neste momento não justificam tal aceleração. É o que revela a ata da última reunião do Copom, divulgada há pouco pelo Banco Central, que elevou a taxa Selic de 17,75% para 18,25% ao ano.

No documento, os integrantes do Copom não descartaram novas altas do juros. Eles reafirmaram que estão convictos de que etapas adicionais do processo em curso de ajuste na taxa de juros, seguidas de um período "suficientemente longo" de manutenção dos juros, deverão ser suficientes para trazer a trajetória futura da inflação para o objetivo estabelecido para a atuação da política monetária.

"Evidentemente, caso venha a se confirmar a hipótese de maior resistência do processo inflacionário à mudança de postura de política monetária implementada desde setembro, ou na eventualidade de se verificar uma exacerbação de outros fatores de risco inflacionário acompanhados integralmente pelo Comitê, a autoridade monetária estará pronta para adequar às circunstâncias o ritmo e a magnitude do processo de ajuste", avisam os diretores na ata.

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