Confiança do consumidor brasileiro sobe em agosto

O Índice Nacional de Confiança (INC) ACSP/Ipsos, elaborado pela Ipsos Public Affairs para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), revela que a confiança do consumidor brasileiro aumentou de 126 pontos em julho para 129 em agosto. De acordo com nota à imprensa divulgada pelas instituições, o novo patamar se aproxima do resultado de janeiro, que ficou em 130 pontos, o maior nível da série iniciada em abril de 2005.

O INC mostra que a Região Norte/Centro-Oeste foi a que apresentou maior otimismo no período, passando de 139 pontos para 152 de um mês para o outro. Já a Região Sul é a que registra o patamar mais baixo da amostragem. Embora tenha apresentado melhora, a confiança dos entrevistados da região passou de 109 pontos em julho para 118 em agosto, o nível mais alto desde abril do ano passado. No Sudeste, no entanto, houve queda de 128 pontos em julho para 125 em agosto. No Nordeste, houve alta discreta no período, de 126 para 128 pontos.

Analisando os componentes do INC ACSP/Ipsos verifica-se que, embora a maioria dos entrevistados não considere sua situação financeira pessoal boa, há otimismo com relação ao futuro e ao emprego. "As intenções de compra se mostram estáveis, na média, para os próximos 30 dias, mas com ligeiro crescimento para roupas, geladeiras, telefones celulares e computadores", explicaram os analistas na nota, acrescentando que para fogões, máquinas de lavar roupas, televisão, aparelho de som e DVDs verifica-se retração. No planejamento orçamentário destaca-se a queda da intenção de colocar dinheiro na poupança, e aumento na intenção de fazer nova prestação e pagar dívidas vencidas.

Para o superintendente de Economia da ACSP, Marcel Solimeo, o índice mostra que o consumidor está otimista, apesar de os dados da economia, no momento, não serem muito favoráveis em relação ao nível de atividade e ao emprego. "A queda da inflação pode explicar o otimismo do consumidor, que espera uma aceleração da economia nos últimos meses do ano", explicou Solimeo, no documento. "O aumento da renda das camadas mais pobres, com a elevação do salário mínimo e a expansão dos programas sociais também deve ter contribuído para essa maior confiança agora", acrescentou.

O índice resulta de mil entrevistas realizadas em 70 cidades de nove regiões metropolitanas brasileiras. De acordo com as instituições, a margem de erro é de 3 pontos percentuais, com um intervalo de confiança de 95%.

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