Comissão de Biossegurança surpreende e aprova 42 projetos de pesquisa

Na primeira reunião realizada depois que o debate sobre seu funcionamento esquentou, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou nesta quarta-feira (16) 42 projetos de pesquisa para avaliar, em campo, a segurança de organismos geneticamente modificados. Integrantes do grupo pediram mais informações sobre cinco pedidos e outros 20 não foram avaliados.

O desempenho de hoje foi um dos melhores obtidos pela CTNBio desde que os trabalhos recomeçaram, em janeiro. Mas interessados em ver logo projetos de liberação comercial analisados não têm motivos para se animar. Pelas contas de integrantes, uma análise de liberação comercial só pode ser julgada até em 60 dias, prazo médio para que relatores apresentem avaliações nos pedidos. Hoje há onze pedidos de liberação comercial aguardando análise na CTNbio.

Desde que trabalhos da CTNBio recomeçaram, pesquisadores se queixam do clima tenso das reuniões e da morosidade imposta pela ala ambientalista da CTNBio às discussões e aos processos. Cinco integrantes da CTNBio pediram afastamento. Além da debandada, outras três vagas nunca foram preenchidas. Com o baixo número de conselheiros, até votações simples são difíceis.

Hoje, a polêmica ficou por conta de três pedidos de estudos feitos por uma empresa que desenvolveu uma espécie transgênica de cana. Ela requisitava que os três estudos fossem analisados com a garantia de confidencialidade. Treze dos conselheiros concordaram com o pedido. Outros seis, negaram. Para que a confidencialidade fosse permitida, eram necessários 14 votos, pois o cálculo da maioria absoluta é feito a partir do número de vagas da CTNBio, não pelo número de presentes.

Voltar ao topo